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Capital

Médico denuncia falta de condições de trabalho e estrutura na Santa Casa

Gabriel Neris e Aline dos Santos | 10/04/2013 15:23
Estrutura da Santa Casa de Campo Grande é alvo de reclamação de profissionais (Foto: Arquivo/João Garrigó)
Estrutura da Santa Casa de Campo Grande é alvo de reclamação de profissionais (Foto: Arquivo/João Garrigó)

As condições de trabalho na Santa Casa de Campo Grande são alvo de reclamações dos médicos do maior hospital de Mato Grosso do Sul.

Um dos médicos faz uma comparação do luxo ao mais simples para demonstrar a situação do hospital. “Não estamos pedindo uma BMW, mas um copo d’água”. O apelo parte do médico João Jazbik Neto, que está há mais de três décadas no hospital e comandou neste ano a equipe que realizou transplante de coração.

O médico afirma que prefere ficar longe de qualquer briga envolvendo o poder público. “O importante pra gente é o doente”, frisou.

Jazbik Neto critica a falta de estrutura do hospital e cita um fio de baixa qualidade utilizado na cirurgia cardíaca. Segundo o diretor clínico Heitor Soares, essa questão é burocrática. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite a compra do material de menor custo, como permite também que seja adquirido com valor superior.

Porém, conforme Soares, as auditorias questionam o motivo de não ter comprado o material mais barato.

O médico cita que na Santa Casa acontece metade das cirurgias do SUS (Sistema Único de Saúde). “Se eu saísse e fosse atropelado e ficasse em estado grave, só tem um hospital que poderia me receber: a Santa Casa. É opção para todo mundo”, ressalta Jazbik Neto.

O diretor clínico do hospital culpa os acidentes de trânsito pela demanda que a Santa Casa tem que atender. “O acidentado precisa de uma equipes médica politraumatizo, um neuro, ortopedista, e acaba ficando internado em sala as vezes porque não tem CTI (Centro de Tratamento Intensivo)”, diz.

Soares acredita que se não houvesse tantas cirurgias de emergência, as eletivas não estariam atrasadas. “A situação do hospital melhoraria muito se inaugurasse o Hospital do Trauma. São 130 leitos, 10 CTI’s e a obra está parada”, cobra.

No entanto, a obra está parada desde que houve troca no comando do município de Campo Grande. O prefeito Alcides Bernal (PP) ainda não se manifestou se haverá a continuidade da obra, apesar do aval do Ministério da Saúde.

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