Passados 8 anos, médico que atropelou jovem na Ceará é condenado ao semiaberto
Condenado em 1ª instância, Rodrigo vai recorrer em liberdade após matar jovem em faixa de pedestre
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Médico condenado por atropelamento com morte em Campo Grande. Rodrigo Souza Augusto recebeu pena de 6 anos e 8 meses em regime semiaberto pelo atropelamento de Lucas Henrique de Souza Mateus, ocorrido em 2017. O juiz determinou que o réu pode recorrer em liberdade. O atropelamento aconteceu na Avenida Ceará, enquanto Lucas atravessava a faixa de pedestres. Rodrigo, então estudante de medicina, dirigia embriagado após uma festa de formatura. A Justiça considerou que houve dolo eventual, uma vez que o réu assumiu o risco de matar ao dirigir alcoolizado. Além da prisão, o médico teve sua habilitação suspensa por oito meses.
O médico Rodrigo Souza Augusto foi condenado a 6 anos e 8 meses, em regime semiaberto, pela morte de Lucas Henrique de Souza Mateus, atropelado na faixa de pedestres da Avenida Ceará, em Campo Grande, na madrugada de 25 de novembro de 2017. A sentença, proferida nesta terça-feira (1), cerca de oito anos após o crime, determina que o médico possa recorrer em liberdade, já que respondeu ao processo solto e, segundo o juiz, não há fundamentos para prisão preventiva.
Além da pena de prisão, a Justiça também suspendeu a habilitação de Rodrigo por oito meses, sem possibilidade de substituição da pena.
O caso - Na época, Rodrigo ainda era estudante e foi preso em flagrante após o teste do bafômetro apontar 0,80 miligrama de álcool por litro de ar, quase o triplo do permitido. Lucas era estudante e foi arremessado a cerca de 10 metros e teve morte cerebral dias depois.
De acordo com a investigação, o atropelamento ocorreu por volta das 4h30, quando a vítima atravessava a via na faixa, em frente a uma conveniência 24 horas. “Ele já havia atravessado mais da metade da faixa e, mesmo com o sinal verde para o motorista, a preferência é do pedestre”, afirmou o delegado Hoffman D’Ávila na época. “O condutor deveria ter parado e acionado o pisca-alerta”, completou.
Rodrigo, então com 25 anos, disse que havia saído de uma festa de formatura, ingerido bebida alcoólica e que decidiu dirigir por morar perto. Relatou que dirigia entre 50 e 60 km/h – numa via com limite de 50 km/h –, mas testemunhas disseram que o carro seguia em alta velocidade. O HB20 branco dirigido por ele foi periciado e depois liberado à família.
A Justiça entendeu que houve dolo eventual, já que o réu assumiu o risco de matar ao dirigir embriagado. A condenação ainda cabe recurso.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.