Junho teve chuva acima da média no sul e déficit na Capital, diz estudo
Sete Quedas registrou maior volume de chuvas e temperatura mais baixa do mês
Junho foi um dos poucos meses em que as chuvas ficaram acima da média histórica, informa o boletim climático divulgado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) nesta terça-feira (1º). Segundo o estudo, dos 47 municípios monitorados, 27 registraram acumulados superiores ao esperado, principalmente no extremo sul do Estado.
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Sete Quedas lidera a lista, com 157,4 milímetros de chuva acumulados ao longo do mês, volume 84% acima da média histórica. Iguatemi, Mundo Novo e Japorã também apresentaram índices acima do esperado, todos localizados no extremo sul.
Em contraste, 20 municípios registraram precipitação abaixo da média, com destaque para as regiões sudoeste e centro-leste. Em Maracaju, Sidrolândia, Jardim, Água Clara e Nova Alvorada do Sul, os acumulados ficaram entre 30% e 50% abaixo da média climatológica, segundo análise do Cemtec com base em dados de satélite.
Campo Grande também ficou abaixo da expectativa. Na estação do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), localizada na Embrapa Gado de Corte, o volume foi 41% inferior à média. Já no pluviômetro do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o total registrado foi de 43 milímetros, valor 9% menor que o normal para o mês.
"Tira casaco, bota casaco" - O mês também foi marcado por extremos de temperatura. Sete Quedas teve a mínima mais baixa, com -0,9°C no dia 24. A maior temperatura foi registrada em Pedro Gomes, que alcançou 34,3°C no dia 4. Em Amambai, a umidade relativa do ar chegou a apenas 11%, e Caarapó registrou a maior rajada de vento do mês: 91,8 km/h, em 15 de junho.
Apesar da melhora em relação a maio, o Estado ainda registra seca moderada a severa nas regiões central, sul, nordeste e sudeste. O SPI (Índice Padronizado de Precipitação) varia entre -1,3 e -1,6 nessas áreas. A novidade é que a região pantaneira não apresenta sinais de seca no período.
Trimestre - A previsão para os meses de julho, agosto e setembro aponta irregularidade na distribuição das chuvas em Mato Grosso do Sul. A média histórica para o trimestre varia entre 75 e 150 milímetros em grande parte do Estado, incluindo Campo Grande, Dourados e Aquidauana.
No extremo norte, regiões como Sonora e Coxim costumam registrar acumulados entre 25 e 75 milímetros. Já no extremo sul, onde estão municípios como Sete Quedas, Mundo Novo e Iguatemi, a média pode chegar a 200 ou até 300 milímetros, segundo dados do estudo.
Para o mesmo período, o prognóstico indica temperaturas acima da média em todo o Estado. Em relação ao fenômeno El Niño, o modelo climático aponta 71% de chance de neutralidade. Segundo o Cemtec, a influência desse fenômeno no clima sul-mato-grossense é indireta.
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