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Capital

Moradores da Rua do Livramento aguentam "água na cintura" todo ano no verão

Moradores já normalizaram desastres e perdas ao longo do tempo; grupo fez até voo de drone em tubulação

Por Gabriela Couto e Geniffer Valeriano | 04/01/2024 15:30

Todo ano, a mesma cena se repete. Até mesmo no noticiário do Campo Grande News. Moradores da Rua do Livramento denunciam o rio que se forma no mesmo ponto a cada chuva. Nesta quinta-feira (4) não foi diferente. A tempestade acumulou 65,6 milímetros, o suficiente para os vizinhos se mobilizarem.

O engenheiro José Diogo, 60 anos, já colocou a capa de chuva e amarrou o carro da filha em um poste para evitar que a água levasse o veículo. Com 1,83 m de altura ele estava com água até a cintura. E na retrospectiva das matérias anteriores, é visível ver o morador sempre com a capa driblando a enxurrada.

“Hoje não foi dos piores dias, já teve dia de água ficar mais de 1 metro de altura. Amarrei o carro, porque senão ia embora. Já preparei a casa para esses problemas”, conta calmamente.

Ele e todos os vizinhos já normalizaram a situação. Na casa do engenheiro foram construídas barreiras, com borracha já no portão, para não entrar água na residência. “Antes a sujeira entrava e entupia, agora não sobe tanto”.

José afirma que 50% do problema já foi resolvido pelos moradores, mas os outros 50% é questão das manilhas que não são suficientes para suportar a quantidade de água que concentra na rua.

Seu José Diogo tem 1,83 m de altura e nesta quinta-feira a água bateu na cintura (Foto: Direto das Ruas)
Seu José Diogo tem 1,83 m de altura e nesta quinta-feira a água bateu na cintura (Foto: Direto das Ruas)

“Agravou com obra na rua acima, choveu e carregou toda a água. Hoje foi moleza, porque só foi água, pior quando vem sujeira junto. Queremos uma audiência com o secretário de obras para tratar o problema”. Apesar de já ter várias negativas das gestões anteriores, os moradores contrataram uma empresa com drone para percorrer a galeria fluvial e com as imagens obtidas querem sugerir a solução.

Para um dos vizinhos, que não quis se identificar, já é normal ver os moradores das ruas mais baixas perderem tudo. “Estou aqui há cinco anos. É normal. De janeiro e fevereiro é praxe isso acontecer. Ainda vai se repetir umas três a quatro vezes a mesma cena, só neste mês”, profetizou.

Ele ressalta que o seu José fez uma contenção de 80 centímetros no bueiro, que impede a entrada de lixo e não deixa entupir, acumulando a água que entra nas casas. “Já teve vez que arrastou até carro e aconteceu muita coisa. Agora também estamos com uma árvore energizada. Um perigo. Chamamos todos os responsáveis e ninguém atende a gente”.

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