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Capital

Moradores reclamam de cratera que se transformou em lixão no Lageado

Viviane Oliveira | 06/08/2011 08:31

Eles dizem que, além do lixo, convivem com a fumaça que é constante no terreno

Carlos estava queimando fios de cobre, para depois comercializar. (Fotos: João Garrigó)
Carlos estava queimando fios de cobre, para depois comercializar. (Fotos: João Garrigó)
De longe já é possível ver a fumaça.
De longe já é possível ver a fumaça.

Há aproximadamente um ano, local conhecido como "buracão" se transformou em lixão e está tirando o sossego dos moradores da rua Leopoldina de Queiroz Maia, no bairro Parque do Lageado, em Campo Grande.

Eles reclamam que, além do lixo, convivem com a fumaça que é constante no terreno.

O eletricista Arildo Silva dos Santos, de 38 anos, mora no bairro há sete anos e conta que o local era de propriedade particular. “O dono começou a cavar para tirar a terra e formou um enorme buraco e com as chuvas constantes se tornou um lago”.

Segundo Arildo, o local agora pertence à prefeitura e a menos de um ano virou um aterro sanitário. “Já vi combi de supermercado jogar ossos aí, até caminhão da prefeitura joga lixo no terreno", protesta.

Conforme o eletricista, outro problema é que todos os dias, no final da tarde, os próprios moradores do bairro que trabalham no lixão improvisado ateiam fogo, queimam fios, pneus e galhos de árvores. “Eu tenho três crianças pequenas em casa, elas são as que mais sofrem com a fumaça”.

Carlos Antônio Miranda, de 43 anos, é um dos moradores que trabalha no lixão. A reportagem do Campo Grande News flagrou Carlos queimando fios de cobre no local, para depois comercializar.

Segundo ele, trabalha no aterro sanitário localizado na saída para Sidrolândia, mas de vez em quando vai ao local para ver se encontra "alguma coisa".

Um homem de 39 anos que não quer se identificar, disse que trabalha com frete, e tudo que recolhe de seus clientes joga no buracão. “Se a prefeitura joga, eu também posso jogar, argumenta.

Há menos de um ano de existência, já têm vários trabalhadores no local.
Há menos de um ano de existência, já têm vários trabalhadores no local.
A todo momento caminhão com entulhos, ou poda chega no local.
A todo momento caminhão com entulhos, ou poda chega no local.

Antônio Barbosa, 74 anos, diz que tem dias em que a fumaça cobre tudo, não dá para ver nada na frente de casa. “É direto isso, quando não é fumaça é poeira, finaliza Antônio.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o local está recebendo temporariamente entulhos, restos de poda ou de construção para aterrar o terreno que servia para acumulo da água parada. Ainda segundo a assessoria, tem máquinas no local fazendo o serviço de compactação.

Quanto à queimada a prefeitura informa que é um problema antigo no local. O caso se agrava para retirada de cobre.

O terreno é fiscalizado pela prefeitura e a pessoa que for flagrada ateando fogo em qualquer tipo de lixo, pode ser autuada pelo Código Sanitário e levar multa. É proibido também jogar lixo orgânico no local.

As denúncias podem ser feitas na Ouvidoria da Sesau, nos telefones (67) 3314-9955 ou 3314-3340.

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