ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Morando nos fundos de igreja, menino que esfaqueou irmão não era violento

Filipe Prado e Luana Rodrigues | 14/10/2015 12:05
Crianças vivem com mãe e padastro nos fundos de uma igreja. (Foto: Fernando Antunes)
Crianças vivem com mãe e padastro nos fundos de uma igreja. (Foto: Fernando Antunes)

O menino de 11 anos, acusado de esfaquear o irmão de 13 após uma discussão pelo controle remoto da televisão na tarde de terça-feira (13), na casa deles que fica aos fundos de uma igreja evangélica, no Bairro Coronel Antonino em Campo Grande, nunca precisou receber atendimento do Conselho Tutelar e não era considerado "violento". Filhos de pastores, os vizinhos apontaram que o menino e o irmão são crianças "normais", brincavam com crianças da rua e nunca mal educados com as pessoas.

Gercina Bispo de 67 anos, contou que as crianças sempre agiram normalmente. (Foto: Fernando Antunes)
Gercina Bispo de 67 anos, contou que as crianças sempre agiram normalmente. (Foto: Fernando Antunes)

Hoje pela manhã, o Campo Grande News foi até a casa da família e encontrou o padrasto da criança, que se identificou apenas como Silvio. Ele afirmou que não gostaria de comentar sobre o caso, por estar cansado, já que passou a noite na delegacia. Mas assegurou que a polícia já os procurou e eles estão prestando todos os esclarecimentos.

Vizinha das crianças, Gercina Bispo de 67 anos, contou que as crianças sempre agiram normalmente, por isso o caso deixou todos os vizinhos chocados. “Elas brincam o tempo todo, não são mal educadas. O mais novo é agitado, porém é uma criança normal”, comentou a mulher.

Janaina Pereira de Oliveira, do Conselho Tutelar Norte, disse que a família foi convocada para conversar e deve ir ao Conselho hoje ou amanhã. "Vamos tentar identificar se houve alguma negligência por parte dos pais. E também saber o porquê a criança agiu de maneira tão violenta, saber a realidade em que ele vivia..." explicou.

A conselheira assegurou que os meninos nunca haviam sido atendidos, não acumulando registros. Ainda apontou que este tipo de crime, onde crianças usam armas e agem com violência, não são comuns, sendo essa a primeira vez neste ano.

O adolescente de 13 anos continua internado na Santa Casa, acompanhado pela mãe.

Nos siga no Google Notícias