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Capital

Despachante apontado como líder de esquema de fraudes no Detran é preso

David Cloky Hoffaman Chita foi condenado por roubar propina e estava foragido há quase dois anos

Por Ana Paula Chuva | 18/12/2025 07:50
Despachante apontado como líder de esquema de fraudes no Detran é preso
Davi ficou foragido por quase dois anos e foi capturado em casa (Foto: Reprodução)

Policiais da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) prenderam na manhã desta quinta-feira (18) David Cloky Hoffaman Chita, apontado como líder de esquema de fraudes no Detran (Departamento Estadual de Trânsito). O despachante estava foragido há quase 2 anos.

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Líder de esquema de fraudes no Detran-MS, David Cloky Hoffaman Chita, foi preso pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) em Campo Grande. O despachante estava foragido há dois anos e teve habeas corpus negado em setembro. A prisão está relacionada à Operação Miríade, que investigou adulterações ilegais em documentos de veículos nas agências do Detran em Miranda e Campo Grande. O esquema, que envolvia servidores públicos, incluía alterações irregulares de características de veículos mediante pagamento de propina.

Os policiais capturaram David em casa na Rua 26 de Agosto, região central de Campo Grande. A equipe esteve no local nas primeiras horas desta quinta-feira. Em setembro, ele teve o habeas corpus preventivo negado pela Justiça.

David tem longo histórico criminal e foi condenado na Operação Vostok após roubar propina que seria entregue a um corretor de gado. Ele também foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) junto com os servidores públicos Genis Garcia Barbosa, Eufrásio Ojeda e Abner Aguiar Fabre pelo esquema de fraude no Detran.

A investigação começou a partir da regularização de um caminhão, cujo proprietário buscava a exclusão de gravame e a troca do motor. Para o procedimento, contratou o despachante.

“Diante da inexistência da documentação necessária para a regularização pretendida e cientes das manobras ilegais realizadas pelos servidores públicos, dirigiram-se ao município de Miranda, onde foram inseridas alterações ilegais no sistema”, aponta o promotor Adriano Lobo Viana de Resende.

No cadastro, foram adulterados dados como carroceria, eixo, PBT (Peso Bruto Total), CMT (Capacidade Máxima de Tração) e carga, sem que o veículo tivesse passado por processo regular de alteração de características.

As fraudes ocorreram nas agências do Detran em Miranda e Campo Grande. Na Capital, houve alteração da cor do veículo, cancelamento do CRV (Certificado de Registro do Veículo) e emissão de um novo documento. As irregularidades aconteceram entre julho de 2019 e setembro de 2020, com pagamento de R$ 1 mil. Os envolvidos foram alvo da Operação Miríade, deflagrada pela Polícia Civil em 2023.