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Capital

Mortes por gripe na Capital elevam em até quatro vezes procura por vacina

Lidiane Kober | 14/07/2014 15:21

As seis mortes confirmadas por gripe A em Campo Grande elevaram em até quatro vezes a procura pela vacina em clínicas particulares da cidade. Uma empresa, inclusive, até cogita remessa extra para atender a demanda.

Diretora comercial da Prophylaxis, Deise Sinésio contou que, em março, a clínica comprou a primeira remessa e passou a oferecer a imunização contra quatro vírus da gripe. Na época, foram registrados as primeiras mortes em Corumbá e a procura começou a aumentar.

Em média, segundo ela, por dia, 15 pessoas procuram a vacina. “Com o registro das mortes, a quantia quadruplicou e até 60 doses são aplicadas por dia”, relatou.

De março até hoje, a clínica vendeu 6,5 mil doses. “Fizemos um estoque razoável, mas não descartamos encomendar uma remessa extra”, contou.

Na Vaccini Clínica de Vacinação, a procura quase dobrou nas últimas semanas, segundo a enfermeira responsável Rosângela Laier. “Em média aplicamos 40 doses por dia, mas, com os casos de morte, o número passou para 70”, disse.

Na empresa, também há estoque da vacina. “Temos uma boa quantia”, destacou a enfermeira. A clínica funciona das 8h às 18h e cobra R$ 85,00 a dose. Mais informações podem ser obtidas pela telefone 3043-1327.

Na Prophylaxis, a vacina também custa R$ 85,00 e, de segunda a sexta-feira, o atendimento é das 8h às 18h. No sábado, a clínica funciona das 8h às 12h. “A cada três doses, o preço reduz para R$ 80,00”, destacou Deise. Outras informações pelo telefone 3213-4221.

Mortes - De acordo com boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado na quarta-feira (9), 13 mortes por gripe foram confirmadas no Estado, o número é o maior em cinco anos. Na sexta-feira (11), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou a 14ª morte no Estado, é o sexto caso em Campo Grande.

A quantidade só é inferior a 2009, ano quando a doença “explodiu” e pegou especialistas de surpresa no combate e diagnóstico do vírus. No ano “boom”, foram 27 mortes contra oito, em 2010. No ano seguinte, nenhum óbito foi registrado no Estado, mas, em 2012, 12 mortes foram confirmadas. No ano passado, boletim da SES noticiou 11 mortes.

Dicas - Segundo a médica infectologista e coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) da Santa Casa de Campo Grande, Priscila Alexandrino Oliveira, os sinais da gripe A são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes, mas requerem cuidados especiais.

“O importante é analisar os sintomas, se a pessoa estiver com uma febre muito elevada e insuficiência respiratória, além de todos os sinais de uma gripe comum, deve procurar imediatamente uma unidade de saúde”, orientou a médica.

Segundo Priscila, o antiviral oseltamivir (Tamiflu) deve ser utilizado, em princípio, até 48 horas, a partir da data de início dos sintomas e deve ser prescrito. Para confirmar a presença da doença, é realizado teste com a mucosa nasal do paciente. O resultado pode demorar até sete dias úteis para ser concluído.

A infectologista informa ainda que a melhor forma de se prevenir contra a gripe A é lavar as mãos frequentemente, usar o álcool em gel para higienizar as mãos, evitar lugares fechados e com aglomerações de pessoas, além da vacina, produzida a partir de vírus atenuados que estimulam o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos. “São como células de memória que podem produzir anticorpos para o vírus. Por isso a vacina é eficaz”, frisou.

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