Motocicleta do jovem morto com tiro no peito seria negociada na fronteira
O homem acusado de matar o vendedor Lucas Inácio da Silva, 22 anos, no dia 9 dezembro, no cruzamento da avenida Manoel da Costa Lima com a Ernesto Geisel, em Campo Grande, foi apresentado na manhã de hoje na 5° Delegacia de Polícia. Fábio Sarate de Souza, 26 anos, já tem passagem por homicídio e roubo. De acordo com o delegado Fernando Nogueira, ele irá responder por latrocínio e a pena varia de 20 a 30 anos de prisão. Fábio foi preso na rua, no último dia 22, no bairro Guanandi.
A polícia ainda procura o comparsa de Fábio que estava com ele no dia do assassinato. “Estamos seguindo várias linhas de investigação e vamos achá-lo”, disse o delegado. Fábio diz que não sabe onde está o colega . “Eu não sei muita coisa sobre ele. Sei que o nome dele é Roberto, conhecido como Maranhão”. Ele contou ainda que os dois teriam trabalhado em uma obra, 40 dias antes do ocorrido.
O crime aconteceu no dia 9 de dezembro, por volta das 22 horas. A vítima estava de moto e foi abordada pela dupla, também em uma moto, no cruzamento da avenida Manoel da Costa Lima com a Ernesto Geisel.
Lucas estava parado no semáforo quando os dois anunciaram o assalto. A vítima levou um tiro no peito. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no posto de saúde do bairro Guanandi.
Depois de atirar em Lucas, Fábio não conseguiu pilotar a moto da vítima e fugiu a pé. O comparsa já havia ido embora.
Segundo o delegado, Fábio já estava com a intenção de roubar uma moto quando saiu de casa. “O modelo esportivo da moto chamou a atenção. Ele tinha a intenção de roubar”. A moto seria negociada na fronteira do Estado, segundo o delegado. À época, a família da vítima disse que a moto estava avaliada em R$ 25 mil.
Nogueira ressaltou a frieza de Fábio e disse que o crime foi relatado como se fosse “algo normal”. “Ele é ladrão e vive para isso. Ele confessou”.
Na versão do acusado, a morte de Lucas foi acidental. “A gente só queria dar um susto nele por causa do desentendimento que tivemos”. Fábio contou que a vítima teria reclamado de uma manobra da dupla no trânsito. “Quando ele parou no sinal a gente quis dar um susto e o gatilho disparou sem querer”.
O delegado Fernando nega a versão do autor e diz que não houve nenhum desentendimento no trânsito.
A arma usada no crime, segundo o autor, havia sido comprado em um bilhar, na rua Cafezais. “Eu tinha R$ 1 mil e paguei R$ 700 na arma. Um cara chegou oferecendo e eu quis me proteger”. O revólver foi jogado no córrego da avenida Ernesto Geisel, conforme Fábio.