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Capital

Motorista de aplicativo esfaqueada quer indenização de R$ 162 mil da 99 Pop

Segundo ação que corre na Justiça, empresa de aplicativo ofereceu seguro em valor abaixo do necessário

Lucia Morel | 13/09/2022 16:34
Marcas das facadas nos ombros da motorista Audineth. (Foto: Reprodução processo)
Marcas das facadas nos ombros da motorista Audineth. (Foto: Reprodução processo)

Motorista de aplicativo que foi esfaqueada por passageiro em maio deste ano acionou a Justiça contra a plataforma 99 Tecnologia Ltda para receber R$ 162 mil em danos morais e estéticos. O caso de Audineth Aguiar dos Santos, 44 anos, comoveu diante da violência sem razão que ela sofreu.

No pedido à Justiça, que corre na 7ª Vara Cível, ela afirma que após estar recuperada, procurou a 99 para acionar o seguro motorista e para ajudar no custeio das despesas, “sendo-lhe proposto valores que não condizem com a realidade da autora, desta forma buscamos por justiça diante da injustiça sofrida”.

Para a defesa da motorista, feita pelo advogado Aaram Rodrigues, “ao prestar o serviço de transporte terrestre de passageiros, a ré pôde prever os riscos inerentes à sua atividade econômica, de modo que não pode furtar-se de ser eventualmente responsabilizada por danos experimentados por terceiros em decorrência de sua atividade” e “faz parte da cadeia de responsabilidade pela prestação dos serviços”.

A vítima também foi esfaqueada no rosto. (Foto: Reprodução do processo)
A vítima também foi esfaqueada no rosto. (Foto: Reprodução do processo)

Diante disso, ela pede danos morais no valor de R$ 30 mil devido à violência a que foi exposta e ainda, por ter sido abalada emocionalmente após o que ocorreu, e porque “seu corpo carregará para sempre o trauma sofrido diante das inúmeras costuras em sua pele, algumas formaram cicatrizes”.

Mais R$ 60 mil são pedidos em danos estéticos, já que Audineth “possui várias perfurações, lesão em bochecha, orelha, pescoço e ombro. Ainda assim, quando retirar os pontos, as cicatrizes ficarão”.

Há ainda pedido de R$ 72 mil relativo a lucros cessantes, baseado no tempo em que a motorista deixou de trabalhar para poder cuidar de sua saúde. “A autora deixou de trabalhar, vez que está com os pontos no pescoço e movimentos repetitivos podem rompê-los. Isso somado ao fato de a mesma estar com medo da próxima corrida”.

A reportagem entrou em contato com a empresa 99 Tecnologia e aguarda retorno. Há conciliação marcada para dia 3 de novembro, às 16h40 por videoconferência, em sala da Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Tribunal de Justiça).

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