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Capital

Motorista de app é preso após furto de bagagem avaliada em R$ 15,9 mil

Equipamentos de energia solar estavam no bagageiro; motorista negou acusações, mas foi preso

Silvia Frias | 26/04/2022 15:18
Comunicado encaminhado pelo aplicativo depois do relato de furto. (Imagem: Reprodução)
Comunicado encaminhado pelo aplicativo depois do relato de furto. (Imagem: Reprodução)

Motorista de aplicativo, de 40 anos, foi preso ontem à noite, após ser acusado pelo passageiro de ter furtado duas malas de equipamentos de energia solar no valor de R$ 15,9 mil. O flagrante aconteceu ontem, no Terminal Rodoviário de Campo Grande.

O motorista negou as acusações, mas entrou em contradição e, por isso, foi preso e levado à Polícia Civil. O delegado chegou arbitrar fiança de R$ 4.848,00, mas, sem dinheiro, o homem foi encaminhado para audiência de custódia, sendo concedida liberdade com restrições.

No boletim de ocorrência registrado pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, consta que a tentativa de furto aconteceu por volta das 21h30, depois que o engenheiro eletricista, de 26 anos, saiu de hotel na Rua Trindade e foi até o terminal, na Avenida Gury Marques.

A corrida foi pedida pela namorada dele, utilizando aplicativo da Uber. O engenheiro é de Maringá (PR) e estava em Campo Grande para ministrar curso sobre energia solar.

O engenheiro embarcou duas malas contendo equipamentos para instalação de energia solar (stringbox, microinversor, otimizador de energia, multímetro), além de parafusadeira, cabos, equipamentos de informática e notebook. No total, os bens somaram R$ 15.950,00

Segundo o passageiro, o motorista disse que não poderia parar em frente do terminal, na área de desembarque, pois os taxistas não gostam e ele ainda poderia ser multado. Pediu, então, para que ele buscasse um carrinho para colocar os pertences.

O engenheiro disse que foi buscar o carrinho e, na volta, o motorista havia sumido, juntamente com a bagagem. O rapaz entrou em contato com a namorada, que relatou o ocorrido ao aplicativo da Uber.

Nos prints anexados na audiência de custódia, consta que a empresa forneceu o telefone dela ao motorista, que lamenta o desaparecimento dos bens, esperando que tudo se resolvesse, mas lembrando que não se responsabiliza por pertences esquecidos.

O engenheiro procuro a guarnição da PM no terminal. Os militares checaram os dados do veículo (Ford Ka) e chegaram até o proprietário, que disse ter alugado o carro para o repositor de vendas de 40 anos. Ele forneceu os dados do locatário.

Os militares entraram em contato e o motorista negou que tivesse levado a bagagem. Segundo boletim de ocorrência, ele começou a apresentar versões contraditórias, dizendo que ele não havia embarcado com malas e, depois, dizia que o homem não havia deixado nada no carro.

Os PMs pediram para retornar e, com a resistência dele, disseram que se ele não voltasse, um boletim de ocorrência seria registrado.

O homem voltou e, quando foi encontrado, estava parado no terminal com a bagagem desembarcada. O motorista disse que havia deixado as malas no local e havia saído. O passageiro disse que havia passado ali antes e não tinha nada ali, nem mala, nem motorista.

O motorista reforçou que havia deixado malas ali e saiu para atender corrida, indo para Cidade Jardim e, depois para o Bairro Tiradentes. Os PMs foram aos locais indicados por ele, mas as pessoas encontradas disseram que ninguém havia feito corrida.

Ele foi detido e levado à polícia. Novamente ao delegado, disse que havia deixado tudo no local, versão contestada pelo passageiro. O motorista foi detido por furto qualificado e o delegado arbitrou fiança de R$ 4.848,00, mas o suspeito alegou dificuldade financeira.

Na audiência de custódia realizada esta manhã, a Justiça concedeu liberdade provisória, com recolhimento noturno quando não estiver trabalhando e aviso prévio se for viajar e se ausentar por período acima de oito dias.

Por meio de nota, a Uber informou que "não tolera nenhum comportamento criminoso" e que "a conta do motorista parceiro foi desativada da plataforma assim que a Uber tomou conhecimento do caso". "Estamos à disposição para colaborar com as autoridades durante toda a investigação, nos termos da lei. Todos os parceiros cadastrados na Uber passam por uma checagem de apontamentos criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos para cadastramento na plataforma, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o país em busca de apontamentos de crimes que possam ter sido cometidos. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas parceiros já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses", completou a nota.

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