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Capital

Motorista de BMW que matou técnica de enfermagem vai a júri popular

Wilson de Souza estava na contramão, sob efeito de álcool e fugindo da PM

Aline dos Santos | 11/06/2021 18:15
Destruídas, BMW e moto foram parar às margens da avenida (Foto: Direto das Ruas)
Destruídas, BMW e moto foram parar às margens da avenida (Foto: Direto das Ruas)

Motorista da BMW/320 que matou uma técnica de enfermagem em acidente de trânsito, Wilson Benevides de Souza, 30 anos, vai enfrentar júri popular em 11 de agosto.

O acidente foi na noite de 24 de janeiro, no cruzamento da Avenida Prefeito Heráclito Diniz Figueiredo e Rua Veridiana, Bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. Carla Jaqueline Miranda, 40 anos, conduzia uma Honda Biz e morreu no local.

Cinco meses depois do acidente fatal, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, pronunciou Wilson de Souza por homicídio qualificado, dirigir sob efeito de álcool e sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

De acordo com o promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, o réu agiu com dolo eventual ao assumir o risco de produzir um grave acidente e provocar a morte de outras pessoas, além de desrespeitar diversas regras de trânsito: excesso de velocidade, invadir a contramão, dirigir sob efeito de álcool e sem habilitação.

Carla Jaqueline Miranda fez postagem comemorando compra de moto, 1 mês antes de acidente (Foto: Reprodução/Facebook) 
Carla Jaqueline Miranda fez postagem comemorando compra de moto, 1 mês antes de acidente (Foto: Reprodução/Facebook)

“Bem como agiu com a intenção de assegurar a impunidade de outro crime, já que acelerou o automóvel ao passar por uma guarnição policial visando fugir da autuação policial por não possuir habilitação, estar dirigindo alcoolizado, bem assim seu veículo possuir pendências documentais”.

Wilson Benevides de Souza está preso desde 25 de janeiro. Nas alegações finais, o advogado Thiago Gomes Faria pediu a absolvição do condutor da BMW ou que o crime fosse alterado de homicídio doloso para culposo, que tem pena menor.

Ainda conforme a defesa, durante a perseguição foram efetuados  vários disparos pelos policiais e, temendo por sua vida, Wilson acabou fugindo em alta velocidade. Já duas testemunhas teriam ficado na dúvida de quem realmente invadiu a pista contrária.

Carla era mãe de cinco filhos e, um mês antes do acidente, comemorou nas redes sociais a compra da motocicleta. “Fruto do meu trabalho e do meu suor, gratidão a Deus por exatamente tudo”, postou no Facebook em 15 de dezembro de 2020.

Wilson Benevides está preso desde janeiro por matar no trânsito. (Foto: Reprodução)
Wilson Benevides está preso desde janeiro por matar no trânsito. (Foto: Reprodução)

No sistema de registros de boletins de ocorrência da Polícia Civil, Wilson é citado em 47 casos, aparecendo como vítima e também como autor.

Dentre os registros, estão casos de porte de drogas para consumo pessoal, vias de fato, lesão corporal (violência doméstica), tráfico de drogas, calúnia, dirigir veículo sem habilitação, desobediência e dois homicídios.

Os assassinatos ocorreram em 25 de dezembro de 2012 e 12 de maio de 2013, em Campo Grande.

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