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Capital

MPE pressiona prefeitura a devolver R$ 13 milhões à Agência de Regulação

Flávio Paes | 30/11/2015 19:08
Diretora da Agereg, Ritiva Cecília Vieira(Foto:Arquivo)
Diretora da Agereg, Ritiva Cecília Vieira(Foto:Arquivo)

Para escapar de uma ação civil pública, a Prefeitura de Campo Grande deve assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que definirá um cronograma para devolver R$ 13 milhões à Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).

Este valor corresponde a receita da agência ao longo de sete anos (a exceção foi 2013 , na primeira etapa da gestão Bernal) que os ex-prefeitos Nelson Trad Filho e Gilmar Olarte, transferiram para o caixa do tesouro, aplicando sobretudo, nas área da saúde e trânsito. Só em 2014, segundo a presidente da Agereg, Ritva Vieira , Olarte destinou R$ 3 milhões da autarquia para fechar as contas do Fundo Municipal de Saúde.

Esta transferência de recursos teve como base a lei municipal 4.532 de 2007,gestão de Nelsinho, que autorizou o repasse do excedente de caixa da agência para investimentos em serviços de saneamento, saúde e trânsito. O promotor Fernando Martins Zaupa, que ameaça converter em ação civil o inquérito civil instaurado para apurar a questão caso a Prefeitura não aceite o TAC para o ressarcimento da agência reguladora, diz ser “inadmissível a aplicação dos recursos provenientes das taxas de fiscalização para outras atividades, que não aquelas relacionadas á sua missão. A sua utilização para objetivos diversos representa um desvio de finalidade compensatória da taxa”.

A presidente da Agereg revela que aguarda a definição do prefeito para firmar o TAC que deverá prever a devolução parcelada destes recursos da agência. “Nosso entendimento é que este dispositivo precisa ser revogada porque não tem a legalidade. Os recursos da agência se destinam a investimento na sua estruturação, até para ter condições de desenvolver sua missão de fiscalizar a atuação das concessionárias de serviços públicos”.

Segundo ela já está preparado um planejamento para 2016 com previsão de aquisição de viaturas, compra de computadores.  A Agereg tem uma receita anual em torno de R$ 4 milhões, restando em média uma sobra de caixa  de R$ 3 milhões. Sua receita provém de 1% da receita bruta da Águas Guariroba e outros 1% do consórcio que explora o transporte coletivo da cidade. O dinheiro se destina ao seu custeio e investimento em autarquias.

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