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Capital

Mulher cria campanha para melhorar rua onde os filhos moram

Helton Verão | 12/07/2013 18:52
"Se essa rua fosse minha" foi a forma que a senhora Rosele criou para sensibilizar autoridades e população (Foto: Marcos Ermínio)
"Se essa rua fosse minha" foi a forma que a senhora Rosele criou para sensibilizar autoridades e população (Foto: Marcos Ermínio)
Moradora sugere a prefeitura que sehja instalado paralelepípedos para a região (Foto: Marcos Ermínio)
Moradora sugere a prefeitura que sehja instalado paralelepípedos para a região (Foto: Marcos Ermínio)

Poeira, cascalhos, promessas, falta de conscientização dos vizinhos e de ação da prefeitura são fatores que levaram a  Rosele Almeida, de 53 anos a criar a campanha “Se essa rua fosse minha”.  A vontade é de melhorar a qualidade de vida de moradores da Vila Nascente, em Campo Grande.

Ela vive mesmo em Guanhães (MG), a mais de 1,5 mil quilômetros da Capital, mas visita com frequência os filhos que moram no bairro, próximo ao Carandá Bosque. E desde a última semana resolveu implantar a mesma experiência que já testou onde mora.

“Desde quando comprei essa casa, há quatro anos para meus filhos, a prefeitura promete que vão asfaltar. Além disso tem a falta de conscientização dos moradores, que acham que é simplesmente jogar o lixo para fora e pronto agora a responsabilidade é dos governantes”, responde a criadora do projeto que sugere a plantação de flores ao invés de jogar lixo.

O nome é em alusão à cantiga popular que fala em ladrilhar e cuidar da rua, como foi feito em Minas Gerais. Ela começou com a senhora Rosele e espalhou por toda a cidade, a questão da reciclagem, de cuidar da cidade. Em ritmo de multirão ela recolheu o lixo no trecho próximo a sua residência o que sensibilizou alguns vizinhos.

“Não peço exatamente para asfaltar, mas próximo daqui existe uma nascente, então teria que ser de paralelepípedo, para as águas poderem escoar”, aconselha Rosele.

De acordo com a aposentada, que já trabalhou com habitações, as construções na região, foram feitas de forma desordenadas, desde as residências, até os postes da iluminação pública. “Eu pediria apenas para a prefeitura fazer o meio-fio das vias, o que já deixaria as medidas pré-definidas das residências”, recomenda.

Placa produzida mineira que visita constantemente os filhos e está indignada pela falta de atenção (Foto: Marcos Ermínio)
Placa produzida mineira que visita constantemente os filhos e está indignada pela falta de atenção (Foto: Marcos Ermínio)

Moradores mais antigos dizem que pagam IPTU desde o ano de 1961 e que sempre a promessa seria de passar o asfalto pela região. “Um candidato a vereador na última eleição disse ter verificado documentos que asseguravam que seria feito o esgoto e o asfalto, mas nos quatro anos que estou aqui não aconteceu nada”, conta outro morador da mesma rua, o advogado Heber do Nascimento, de 43 anos.

O morador vê muita burocracia para as obras acontecerem e que na opinião dele isso piora o trabalho para a Prefeitura Municipal. “Eles cascalham de três em três meses, mas com a chuva as pedras rolam até a Hiroshima, que é asfaltada e movimentada ou seja só aumenta o trabalho para a Prefeitura”, avalia o advogado.

De acordo com Nascimento, várias residências acabam invadidas pela água quando chove na região, situação que pode ser amenizada com a construção do esgoto.

O Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura Municipal para saber se existe a possibilidade de uma das promessas antigas se tornarem realidade. Mas a assessoria de imprensa prevê uma resposta do secretário de Obras, Semy Ferraz para a próxima semana.

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