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Capital

Mulher denuncia filho pelo tráfico de mil comprimidos de ecstasy

Pacote com droga chegou na casa da mãe do pintor; mulher se recusou a entregar e acionou PM

Silvia Frias | 18/04/2022 09:34
Foto dos pacotes de drogas feita pela perícia: pacotes totalizaram 804 gramas. (Foto: Divulgação)
Foto dos pacotes de drogas feita pela perícia: pacotes totalizaram 804 gramas. (Foto: Divulgação)

Casal foi preso no Jardim Universitário depois que o homem, de 23 anos, recebeu pacote contendo 1 mil comprimidos de ecstasy. O tráfico foi descoberto a partir da denúncia da mãe dele, que se recusou a entregar a encomenda ao destinatário e ainda acionou a PM (Polícia Militar).

O pintor de 23 anos e a diarista de 27 anos foram presos na noite de sábado (16), por volta das 21 horas. Hoje, o casal passou por audiência de custódia na Justiça de Campo Grande. O pintor teve o flagrante convertido em prisão preventiva e a mulher foi liberada, mediante uso de tornozeleira eletrônica por 180 dias e recolhimento domiciliar noturno.

Conforme a denúncia, a mãe do pintor, mulher de 54 anos, acionou a PM alegando que o filho estava alterado e era usuário de drogas.

Ao chegar no endereço, no Jardim Universitário, o rapaz não estava no local. A mulher relatou que na sexta, chegou encomenda para o filho na casa dela, na caixa de papelão, entregue por mulher loira.

À noite, por volta das 20h, apareceu homem alto, de cerca de 25 anos, cabelo comprido com dread, em uma moto escura, solicitando a entrega do pacote.

Suspeitando que fosse algo ilícito, ela não entregou o pacote e acionou a PM. Na sequência, abriu a caixa e encontrou dois pacotes contendo vários comprimidos.

No momento que a PM conferia os comprimidos, o pintor chegou e disse que havia sido agredido, justamente porque não entregou a encomenda ao homem que foi ao local.

Perguntado sobre a procedência do produto, disse que teria sido incumbido de receber e repassar o pacote  ao homem e receberia certa quantia pelo serviço.

Segundo ele, a esposa dele, a diarista de 27 anos, teria intermediado a negociação e o convencido a fornecer seus dados pessoais para receber o pacote. Nesta entrega, resolveu usar o endereço da mãe.

A polícia pediu indicação de onde estava a mulher e a encontrou na praça da Cohab, na companhia de dois dos seis filhos. A diarista negou conhecer o homem que foi buscar os comprimidos e que a responsabilidade do tráfico seria apenas do marido.

Com endereço indicado pelo pintor, foram até a casa do homem que receberia a droga, mas ele não foi encontrado. A droga totalizou 1 mil comprimidos de ecstasy, pesando 800 gramas.

Depoimentos – Já na delegacia, o pintor deu mais detalhes sobre a negociação. Disse que era intermediada pela esposa, sabia que os pacotes continham droga, porém, não saberia dizer quais tipos.

Com salário de de R$ 1,5 mil, completava a renda recebendo as encomendas do homem, a quem conhecia há dois anos e conversava pelo Facebook, já que não tinha telefone celular.

Confessou receber encomendas em nome do homem, identificado como Paulo e tinha como pagamento dinheiro ou drogas. Já tinha recebido em outras duas ocasiões, mas desconhece o conteúdo, pois Paulo “trabalha com muita coisa”, citando maconha, cocaína, ecstasy, LSD, haxixe, lança perfume e demais variantes.

O pacote recebido no sábado foi remetido de homem de Rio das Ostras (RJ). As outras encomendas vieram de outros estados, mas não soube dizer quais.

A esposa, porém, manteve a versão de que não conhece o homem e que emprestava o celular para o marido usar.

O delegado indiciou o casal por tráfico de drogas.

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