Mulher foi morta pela prima após encontrar drogas no guarda-roupa
Maria de Fátima Alves veio para Campo Grande há três meses fugindo de violência doméstica
Encontrada morta às margens da BR-262, Maria de Fátima Alves, 40 anos, foi assassinada pela prima após encontrar drogas no guarda-roupa da mulher. A vítima veio de Minas Gerais para Campo Grande há três meses, fugindo de violência doméstica, mas por falta de dinheiro, passou a viver em situação de rua. A autora, de 31 anos, foi presa junto com um homem de 41 anos que atuava no tráfico de entorpecentes.
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Maria de Fátima Alves, 40 anos, foi assassinada pela prima após descobrir drogas em sua residência em Campo Grande. A vítima, que havia deixado Minas Gerais há três meses fugindo de violência doméstica, estava em situação de rua e frequentava o Centro Pop. A prima, de 31 anos, e um homem de 41 anos foram presos em flagrante por homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico. O crime ocorreu em 2 de dezembro, quando Maria de Fátima foi à casa da prima buscar documentos. Os suspeitos a executaram temendo uma denúncia após ela encontrar entorpecentes no local.
Durante as investigações, testemunhas contaram que Maria de Fátima estava desaparecida desde 2 de dezembro, quando saiu do abrigo com uma bicicleta emprestada para buscar documentos na casa de uma prima. A mulher, relatos, era considerada perigosa. Horas depois, a vítima foi vista entrando em um HB20 dirigido por um homem.
A equipe da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa) conseguiu identificar a prima da mulher e foi até a casa dela no Bairro Moreninhas. A suspeita já tinha envolvimento com tráfico de drogas e, na tarde de quinta-feira (4), passou a ser monitorada pelos policiais.
O HB20 estava estacionado em frente à casa e o homem, com as características descritas pelas testemunhas, foi abordado pelos policiais. Assim que viu a equipe, ele já declarou não estar envolvido no homicídio, somente no tráfico de drogas. No carro, os policiais encontraram porções de cocaína no console e um tênis feminino preto no porta-malas, que pertencia à Maria de Fátima.
“Realizamos busca no carro e encontramos várias porções de cocaína. Ele disse que a droga do carro era dele, mas o restante que estava na casa não era. A prima apareceu e disse que a droga pertencia ao cara”, explicou o delegado Rodolfo Daltro, afirmando que a cocaína era de “altíssima qualidade”.
Dentro da casa, foram encontrados mais seis tabletes de cocaína e três balanças de precisão. "A prima disse que ela jantou, foi embora e não foi mais vista. Só que aquilo não batia com os fatos", disse Daltro. A polícia então descobriu que Maria de Fátima foi morta depois que encontrou os entorpecentes no guarda-roupa da autora.
Ela procurava sua carteira de trabalho e viu as drogas. A prima e o homem, que não tiveram os nomes divulgados, ficaram com medo de serem denunciados e então decidiram executar a vítima. No entanto, antes do crime, levaram-na para devolver a bicicleta e confirmaram que ela vivia em situação de rua.
Ainda segundo a investigação, a prima havia prometido abrigo para Maria de Fátima. Em Campo Grande, a vítima passou a ingerir bebidas alcoólicas de forma acentuada, mas acabou o dinheiro e ela passou a morar nas ruas. “Uma pessoa estruturada que, em razão dessa violência doméstica, decidiu fugir”, afirmou o delegado.
Maria de Fátima foi executada na noite de 2 de dezembro, por volta das 20h30. A prima e o comparsa foram presos em flagrante por homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Corpo – Conforme apurado pela reportagem, uma pessoa que passava pelo local viu o corpo da mulher caído em uma área de vegetação às margens da rodovia. A testemunha acionou a Polícia Militar, que compareceu ao local.
Equipes do Corpo de Bombeiros também foram acionadas, mas quando os socorristas chegaram, a mulher já estava sem vida.
De acordo com o delegado Gabriel Desterro, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, a vítima foi morta a tiros. “No mínimo, dois disparos de arma de fogo: um na cabeça e um no ombro, com saída na axila. Não localizamos projétil nem cápsula”, informou o delegado.




