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Capital

Na "epidemia" de furtos, proteção contra ladrão de motos custa a partir de R$ 60

Travas, cadeados, alarme, seguro e rastreador são algumas das opções de segurança para veículos

Liniker Ribeiro | 08/07/2021 08:12
Cadeado, trava e alarme são alguns dos itens de segurança para motocicletas (Foto: Kísie Ainoã)
Cadeado, trava e alarme são alguns dos itens de segurança para motocicletas (Foto: Kísie Ainoã)

Investir em equipamentos de segurança para evitar furtos e roubos de motocicletas pode parecer caro. Mas, em Campo Grande, com apenas R$ 60 é possível optar por métodos que, no mínimo, vão dificultar a vida de muitos ladrões. Travas, alarmes e até rastreador são algumas das opções disponíveis no mercado.

Na última semana, diversos casos de furto ou roubo de motos foram enviados ao Campo Grande News. Em alguns deles, câmeras de segurança flagraram a ação dos bandidos, que parecem não ter tido nenhuma dificuldade para destravar, ligar e sair andando com veículos que estavam estacionados em via pública. 

Um dos casos aconteceu no Jardim dos Estados, mais precisamente, na Rua Goiás, quase esquina com a Rua da Paz. Pelas imagens, é possível ver o momento em que duas pessoas, aparentemente um homem e uma mulher, se aproximam da moto já de capacete e, rapidamente, destravam e ligam o veículo como se pertencesse a eles. Confira o vídeo:

A forma "fácil" como o veículo é furtado revela fragilidade que todo motociclista está sujeito a sentir. Afinal, quem nunca estacionou a moto "rapidinho" em frente de casa, do serviço ou enquanto foi à lotérica pagar conta? 

Mas, serviços oferecidos por especializadas prometem ao menos dificultar a vida do ladrão. Washington da Silva Costa, de 52 anos, é empresário do ramo e apresenta métodos de segurança que cabem em todos os tipos de bolso.

"Hoje em dia existem travas, cadeados e alarmes que ajudam a driblar a ação do bandido. Travas, por exemplo, custam menos de R$ 100, você encontra a partir de R$ 60, mesmo assim, a procura pelo item é muito baixa", explica. 

O comerciante explica ainda, que gastando um pouco mais, cerca de R$ 400, é possível garantir a instalação de alarme, com direito a bloqueador por distância. "A pessoa fica com o controle e, quando a moto anda uma certa distância, o sistema bloqueia o veículo", explica.

Monitoramento - Outro serviço que parece custar "os olhos da cara", como dizem por aí, é o de rastreador. Mas, atualmente, com mensais que não passam de R$ 70 donos de motos podem contratar o método e ainda contar com beneficiados oferecidos por empresas de monitoramento veicular.

"Hoje em dia existem modelos De rastreadores com comunicação GPRS, atráves da rede das operadoras, e posicionamento por GPS, ou seja, a cada minuto você tem informações de onde o veículo se encontra e por onde andaram com ele. O usuário tem acesso fácil, por aplicativo, e o próprio cliente pode fazer o bloqueio da moto para imobilizar o ladrão", explica o empresário Luis Mar Machado, de 68 anos, que há 10 atua no ramo. 

Motos estacionadas em trecho do Centro de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Motos estacionadas em trecho do Centro de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

Zero km - Para não ter dor de cabeça, aqueles que estão de olho em um veículo novo também podem optar por já sair da concessionária com o bem "protegido". Atualmente, lojas do setor oferecem opções que vão de alarmes a seguros.

"Poucas pessoas querem fazer seguro, acham caro, mas em contrapartida, é para a segurança. Hoje em dia, o seguro de uma moto popular sai entre R$ 800 e 1.200, valores que podem ser parcelados. Simular a pregação de carro, o seguro protege de roubo a acidentes, vai depender da categoria escolhida", orienta Vanderley Francisco da Silva, de 51 anos, gerente de concessionária de motos, na Capital. 

A opção do alarme de fábrica, semelhante a já citada na matéria, custa entre R$ 350 e 400. Apesar das opções, segundo o comerciante, 90% dos clientes saem da concessionária sem nenhum tipo de proteção para o veículo. 

João Paulo trabalha como motoentregador, na Capital (Foto: Kísie Ainoã)
João Paulo trabalha como motoentregador, na Capital (Foto: Kísie Ainoã)

Pelas ruas - Não é preciso percorrer longas distâncias para encontrar motociclistas que, apesar de estarem cientes da possibilidade de perder o veículo a qualquer momento, confessam ainda não terem investido em segurança. 

É o caso do motoentregador João Paulo dos Santos, de 34 anos, que desde 2004 utiliza o veículo para trabalhar. "Tenho medo, mas procuro sempre deixar onde eu tenho visão. O seguro acaba tendo uma taxa ou outra, fora que o criminoso hoje dá um jeito de driblar qualquer situação", opina. 

Já a vendedora Adriana Rodrigues, de 27 anos, explica que, assim como muita gente, nunca parou para pensar em medidas práticas e baixo custo. "A gente esquece que existem possibilidades, como a da trava, acaba pensando que existe apenas o seguro, que nem sempre temos condições de contratar".

Quase que exceção, o motociclista William Rebequi, de 20, anos, é um dos poucos que investiu em proteção. "Antes eu usava uma moto 'velinha', do meu pai, daí não tinha nada. Mas comprei essa tem seis meses e fiz o seguro, justamente por conta de roubo, até porque eu ando diversos bairros da cidade. Pago R$ 130 por mês, mas vale a pena", diz.


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