Na espera do INSS, não há gentileza para "clientela" de fraturados e doentes
Sem cadeiras, o jeito é se escorar pelas paredes, se equilibrando em muletas, ou sentar na calçada

Nas primeiras horas do dia, uma coisa é certa na agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), na Rua Anhanduí, em Campo Grande: pessoas operadas e adoentadas vão chegar para perícia médica. Mas, com a pandemia, a espera é do lado de fora.
Sem cadeiras, o jeito é se escorar pelas paredes, se equilibrando em muletas, ou sentar na calçada. Não há tenda, para amenizar as condições climáticas, ou cadeira para tornar a espera menos desconfortável.
Em frente à agência, um funcionário grita os nomes de quem está agendado e os horários. Com a presença da reportagem, reforça o pedido para que as pessoas não se aglomerem, por conta das fotos.
Se recuperando de uma cirurgia no braço esquerdo, Felipe Henrique de Almeida Silva, 23 anos, conta que estava agendado para as 7h de hoje (dia 8). Na porta da agência, foi informado de que seria atendido mesmo somente às 9h15.

Sentado na mochila, esperava pela perícia médica. “Parado” por conta de acidente de motocicleta, ele conta que só recebeu uma parcela de R$ 1.045 e que as contas todas estão atrasadas. “Minha namorada me ajuda a pagar. Tem parcela do da faculdade, fatura do cartão, a placa da moto”.
Felipe trabalha em hospital e acredita que hoje será liberado para voltar às atividades, mas em alguma função em que não precise pegar peso.
Conforme o INSS, os segurados quando realizam agendamento são informados sobre o horário, agência e o endereço do atendimento, sem necessidade de chegar ao local com horas de antecedência.
“Na Agência Horto Florestal, os requerentes são acomodados no interior da agência, dentro de sua capacidade máxima, respeitando o distanciamento social, conforme protocolos de biossegurança. Os casos identificados na triagem, onde requeira atenção especial, esses requerentes são devidamente encaminhados”. (Matéria editada para acréscimo de informações do INSS)