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Capital

Na véspera de reajuste, usuário corre para comprar passagem por R$ 3,95

Suspenso por dez dias, valor de R$ 4,10 volta a valer amanhã

Tainá Jara e Maressa Mendonça | 20/01/2020 16:15
Passagem ainda é vendida por R$ 3,95 nos postos de venda da região central da Capital (Foto: Paulo Francis)
Passagem ainda é vendida por R$ 3,95 nos postos de venda da região central da Capital (Foto: Paulo Francis)

O sobe e desce no valor da passagem de ônibus pegou os usuários de surpresa, mas quem soube que a tarifa de R$ 4,10 volta a valer a partir desta terça-feira, aproveitou para recarregar o cartão por R$ 3,95 e economizar nesta segunda-feira.

A diarista, Vanilda de Souza, 40 anos, quase ficou no prejuízo novamente. Quando decisão liminar proferida pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), no dia 7 de janeiro, barrou o reajuste de R$ 0,15, ela tinha comprado passagem horas antes da mudança.

Desta vez, logo que soube, ela recorreu ao ponto de recarga da Avenida Afonso Pena para recarregar por R$ 3,95. Para ela, nenhum dos valores é compatível com a qualidade do serviço oferecido. “Daqui a pouco pobre vai trabalhar só para pagar ônibus”, queixou-se.

Mesmo de férias, a servidora pública, Maria Jacinta, 55 anos, correu para comprar passagem de transporte coletivo pelo valor mais baixo. Ela pagou cerca de R$ 30 por oito passagens. “Carreguei, porque vai subir amanhã”. Ela costuma usar os passes concedidos pelo trabalho, mas precisa custear alguns extras para utilizar em dias de feriado e finais de semana.

Alguns concordam com o valor de R$ 4,10, reajustado no final do ano passado, conforme prevê o contrato com o Consórcio Guaicurus. É o caso do panfleteiro, Willian Gutemberg, 40 anos. Segundo ele, nada mais sai por valor menor que R$ 5 hoje em dia. “Acho o preço justo, mas acho que deveria melhorar a frota e construir mais terminais nos bairros”, afirma.

A retomada de tarifa de R$ 4,10 foi decida durante reunião na manhã desta segunda-feira, no TCE com representantes do Consórcio Guaicurus. O conselheiro Waldir Neves, responsável pela medida que embargou o reajuste, foi convencido pelos dados demonstrados pelos empresários atestando a necessidade de aumento da tarifa.

Em contrapartida, ficou definida a elaboração de um TAG (Termo de Ajuste de Gestão), para solucionar 14 pontos ainda problemáticos, entre eles, atualização da frota.

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