Nervosismo e ansiedade marcam volta às aulas em escolas particulares
Alguns estabelecimentos de ensino começaram o ano letivo nesta segunda-feira.
Algumas escolas particulares de Campo Grande começaram nesta segunda-feira (29) o ano letivo. A volta às aulas é marcada por muita ansiedade e pelas expectativas dos estudantes, alguns por serem novatos nesses estabelecimentos de ensino e outros por terem pela frente rotinas intensas de estudo visando o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Gabriel Victor Tocunaga Zambonini, 14 anos, caminhava de um lado para outro na calçada do Colégio Adventista da Capital, era evidente o nervosismo dele. Aluno novo na instituição, estava preocupado por ter se atrasado no primeiro dia.
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“Mudei para essa escola porque alguns amigos da minha igreja estudam aqui. Eles têm entre 10 e 11 anos, da minha turma, não conheço ninguém”, disse ao Campo Grande News.
Ele estava esperando o pai trazer um documento que faltava para finalizar a matrícula dele e por isso não podia acessar a sala de aula. Gabriel já tem a carreira toda planejada: quer fazer agronomia para cuidar da fazenda da família. Este ano, como ainda está no primeiro ano do ensino médio, não pensa em fazer o Enem e vai se concentrar em sair bem nas provas e trabalhos.
A mãe dele, a empresária Sérgia Zambonini, foi acompanhá-lo no primeiro dia de aula. “Ele já estava nervoso e esse porém de chegar atrasado piorou ainda mais a situação dele”, afirma.

Decisivo – Júlia Foroni, 15 anos, estuda no Colégio Harmonia, que também inicia as aulas hoje. Ela ficou sem celular durante as férias e se emocionou ao reencontrar as coletas. Embora esteja no segundo ano do ensino médio, vai fazer o Enem para medir seu desempenho e isso a deixava bastante ansiosa.
“Meu pai tem investido muito em educação para mim e ainda tenho que decidir o que quero da minha vida”, diz. A jovem tem dúvidas se faz medicina ou economia, nesta última opção trilharia os caminhos do pai.
Deborah Pólvora, 15 anos, é novata no Harmonia. Ela vai começar o ensino médio este ano e trocou de escola pela qualidade do ensino, feito em turno integral. Assim ela acredita que terá mais chances de passar no Enem quando for o momento oportuno.
Muitas pessoas disseram a ela que os três últimos anos do ensino regular são difíceis. “Acho que vou conseguir me dar bem. Sempre gostei de estudar”, disse.
O pai dela, Enivaldo Pólvora, 57 anos, é advogado da União e apoiou a decisão da filha. “Ela escolheu mudar para essa escola porque tem o ensino bem mais puxado, além de ser bilíngue. Antes ela estudava somente a tarde, agora ela entra de manhã e estuda o dia inteiro. É bastante novidade para ela”, pontua.
Cotidiano – A maioria das escolas privadas retomam as aulas depois do carnaval, juntamente com as públicas. Mesmo assim, no entorno dos estabelecimentos que anteciparam o ano letivo o trânsito já ficou um pouco mais movimentado.
Dessa forma, os motoristas que trafegam por essas regiões devem tomar cuidado, já que nos horários de entrada e saída é grande o volumde de carros fazendo embarque e desembarque de estudantes.