No 10º dia, greve da construção reduz ritmo de obras na Capital
Alguns canteiros de obras ainda sentem, nesta sexta-feira (2), redução no ritmo de trabalho em decorrência dos trabalhadores da construção civil, iniciada desde 23 de abril, em Campo Grande. A categoria negocia com sindicato patronal reajuste de 15% e recebe hoje quarta contraproposta.
No canteiro de obras do Vitalità, da Brooksfield, na Vila Margarida a redução de trabalhadores foi de 300 para 180, contando os contratados por empreiteiras.
A responsável administrativa da obra, Ariane Surdini, confirmou que as obras seguem “em ritmo lento”, mas dentro do cronograma da empresa.
Já no Salvador Dalí, da Plaenge, e no Aquário do Pantanal todos os trabalhadores programados estavam no local, de acordo com responsáveis pelas obras.
De acordo com o presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário), José Abelha Neto, 60% dos trabalhadores continuam no movimento de greve, o que representa 18 mil trabalhadores.
Já o líder sindical Manoel Pereira Martins denunciou que a adesão só não é maior porque os trabalhadores estão sendo “ameaçados com não fornecimento de marmitas e desconto do dia de trabalho”. “Imagina uma pessoa que não mora aqui e tem a alimentação cortada. O cara pula até o portão”, disse Manoel.
A partir das 14h, o SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção) pode apresentar a quarta contraproposta para o segmento. Até o momento já foram apresentados reajustes entre 5,39% a 7%, todos recusados.
Segundo Abelha, uma definição sobre a nova proposta deve ser anunciada em assembleia, na segunda-feira (5), na sede do sindicato. O evento está previsto para as 19h, na Rua Maracajú, nº 878.