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Capital

Nova 14 terá "vila" subterrânea para abrigar 50 mil metros de cabos

Equipes trabalham na finalização da estrutura para retirada do emaranhado de fios que deixam a paisagem do local feia

Marta Ferreira e Clayton Neves | 23/07/2019 19:55
Equipes trabalham em uma das "casinhas" instaladas sob a 14, para abrigar transformadores de forma que permita acesso das equipes de manutenção. (Foto: Paulo Francis)
Equipes trabalham em uma das "casinhas" instaladas sob a 14, para abrigar transformadores de forma que permita acesso das equipes de manutenção. (Foto: Paulo Francis)

No fim de tarde, andar pela Rua 14 de Julho, apresenta a quem está de carro ou a pé, bela visão do pôr-do-sol lá no fundo, para os lados do Bairro São Francisco. O cenário ao vivo, porém, não fica tão bonito na fotografia porque é “rabiscado” de fios. Esse dissabor está para acabar, com a revitalização da via, que entra para a fase final com o processo de transferência do emaranhado de fios para o subterrâneo da via, iniciado no dia 20 de julho. Em 1,4 km da 14, serão 50 mil metros de cabos só para energia. Além disso, a rede de tlefonia, tv por assinatura e sinalização semafórica ficará abaixo do solo. O sistema inclui ainda a rede de água e esgoto, de drenagem e de gás canalizado.

Parece complexo, e de fato é. Haverá uma pequena “vila” debaixo da terra, para assegurar essa estrutura. Os transformadores, por exemplo, ficarão em “casinhas”, com acesso para os funcionários da empresa de distribuição de energia quando for preciso fazer reparos.

As bocas de lobo não ficarão à vista, mas apenas “sumidouros” de água. Para a manutenção, também foram feitos acessos para os trabalhadores da empresa de saneamento.

O arquiteto Amilton Cândido,  da Engepar, diz que os trabalhos desta fase estão avançados. De acordo com ele, a fiação já começou ser colocada e a previsão é concluir em 30 dias.

Por baixo, como mostra vídeo com a maquete eletrônica que pode ser conferido abaixo, haverá dez tubos, para toda a fiação. Não é só beleza: o sistema de fios enterrados é considerado mais seguro para a população.

Por cima, quem frequentar o local, quando tudo estiver pronto, vai ver apenas os postes de luz, além do paisagismo e das pequenas “praças”, com banco e proteção metálica aos frequentadores do local. Serão 206 postes, com três lâmpadas de LED, instalados na calçada. 

Quem viaja a outros países conhece cenários assim, mas em Campo Grande, será o maior sistema já feito. Só o Parque dos Poderes tem fiação subterrânea.

Animado com o projeto, o arquiteto projeta: “Vai ser o melhor Natal da 14 de Julho”, já que a previsão de entrega do projeto Reviva Campo Grande é para o fim do ano. A arborização prevê três tipos de ipês, rosa, branco e amarelo. Para quem quiser registrar tudo nas redes sociais in loco, a promessa é de wi-fi grátis em toda a extensão.

Detalhes - Cândido explica que, para instalar a estrutura subterrânea foram feitas escavações, na borda da calçada e na parte central da pista, com profundidade de até 2 metros. Para as “casinhas” dos transformadores, a profundidade é de 4 metros. São 10 estruturas.

Nos cruzamentos com outras vias, que continuarão a ter fios expostos, haverá o chamado “mergulho”, para esconder de vez a fiação.

Arquiteto responsável pela obra diz que será o "melhor Natal da 14".  (Foto: Paulo Francis)
Arquiteto responsável pela obra diz que será o "melhor Natal da 14". (Foto: Paulo Francis)

Troca – E como será a transição do sistema? Conforme o arquiteto, ela vai ocorrer de “maneira rápida”. Em relação à energia, a fiação até a porta das lojas está pronta, afirma. Quando tudo for finalizado, a Energisa desliga a força do emaranhado de fios e aciona a fiação por baixo da terra. Depois, a empresa retirará os postes.

A empresa informou que as obras de adequação da rede elétrica na área central de Campo Grande estão 80% concluídas. Nos próximos três dias, os trabalhos continuam com previsão de concluir o serviço até sexta-feira (26).

A Energisa informou que vai retirar mais de 4 mil metros de cabos de média tensão da 14.
Por enquanto, só a Energisa começou a preparação do sistema para a substituição. Depois, será a vez das empresas de telefonia e tv por assinatura.

Financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Reviva Campo Grande começou em 4 de junho de 2018, com previsão de transformar a 14 de Julho. O valor do contrato original é de R$ 49 milhões. O prazo final para entrega é março do ano que vem, mas a construtora fez compromisso com a Prefeitura de antecipar esse prazo para dezembro, a tempo das vendas de fim de ano, depois de muitas reclamações dos comerciantes com os bloqueios que afastaram clientes.

"Sumidouros" para a água da chuva substituem as bocas de lobo aparentes ao longo da 14 de Julho. A estrutura continuará existir, mas não fica mais à vista (Foto: Paulo Francis)
"Sumidouros" para a água da chuva substituem as bocas de lobo aparentes ao longo da 14 de Julho. A estrutura continuará existir, mas não fica mais à vista (Foto: Paulo Francis)
Fios "estragam" foto do por-do-sol, dissabor que mudança na 14 promete resolver.  (Foto: Marta Ferreira)
Fios "estragam" foto do por-do-sol, dissabor que mudança na 14 promete resolver. (Foto: Marta Ferreira)
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