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Capital

Nova suspeita pode reabrir ação da morte de garoto após queda de prédio

Após Justiça absolver vizinhos, família pede, quatro anos depois, a reabertura do caso, que pode ter reviravolta

Ricardo Campos Jr. | 24/06/2015 09:40
Peritos analisam local onde garoto caiu, em 2011 (Foto: João Garrigó / arquivo)
Peritos analisam local onde garoto caiu, em 2011 (Foto: João Garrigó / arquivo)

A família do menino de 10 anos que morreu ao cair do prédio Torre de Ibiza, em novembro de 2011, pediu a reabertura do processo por homicídio qualificado. Novas informações podem causar reviravolta no caso, que foi concluído pela polícia como suicídio. A Justiça encerrou o julgamento no início deste mês e absolveu os acusados de assassinato.

Nesta terça-feira (23), a família apresentou novo recurso à Justiça e vai tentar provar que houve homicídio. O caso havia sido encerrado na semana retrasada dada a inconsistência dos depoimentos da jovem.

A irmã do menino apresentou, pelo menos, oito versões diferentes sobre o ocorrido, o que incomodou não só o juiz Mauro Nering Karloh como o MPE (Ministério Público Estadual), que havia aberto representação contra os suspeitos, mas que ao fim opinou pela improcedência da ação.

Segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, os advogados da família pedem que seja marcada uma nova oitiva com a presença de um psiquiatra forense. O caso corre na Vara da Infância e Juventude, já que um dos suspeitos é adolescente.

Quando foi ouvida pela primeira vez, a jovem disse à polícia que estava no banho e não viu o momento em que o irmão foi jogado ou caiu da janela da área de serviço. A tela que protegia o local foi cortada e uma faca foi encontrada ao lado da abertura. Na época, peritos não encontraram vestígios que colocassem um intruso no apartamento, localizado no 13º andar.

Em um depoimento prestado no decorrer da apuração, relatou que deixou a porta do banheiro entreaberta e viu quando dois vizinhos passaram pelo corredor.

Diante do juiz, no entanto, ela voltou à primeira história contada, ao afirmar não ter visto nada e negou ter visto movimentação de estranhos na casa.

O magistrado responsável pelo caso, Mauro Nering, inocentou os acusados e ainda abriu margem para que o MPE, caso queira, represente contra a adolescente por denunciação caluniosa. A promotora responsável, Vera Aparecida Bogalho, não quis comentar o processo, já que ele corre em segredo de Justiça.

A família da vítima não quis passar o nome do advogado que está cuidando do caso. Eles enviaram uma nota dizendo que a investigação se arrastou por "longos e dolorosos anos" e que o processo por homicídio qualificado apresenta a conclusão defendida inicialmente pelos pais da vítima, "que sempre acreditarão no envolvimento de outras pessoas e um possível homicídio".

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