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Capital

Novo advogado tinha conversa agendada com Jamil Name Filho

Ele foi preso em 27 de setembro na operação Omertà, que investiga organização criminosa

Aline dos Santos | 29/10/2019 15:06

Depois de ter o primeiro contato com o cliente Jamil Name Filho adiado de última hora, passando de hoje para sexta-feira (1º), o advogado Márcio Socorro Pollet informou que faria cadastro para visitá-lo na penitenciária federal de Mossoró (Rio Grande do Norte). A ida de Jamilzinho para a unidade penal a mais de 3 mil quilômetros de Campo Grande estava prevista para hoje, foi adiada, mas está mantida, em data não informada pela Justiça. 

Name Filho, 42 anos, alvo da operação Omertá, está no presídio federal de Campo Grande desde o dia 12 de outubro. Na sexta-feira passada, o juiz responsável pela autorização de transferência dele deu prazo de 3 dias para apresentar defesa. Antes, a representação estava a cargo do criminalista Renê Siufi.

Pollet pediu, na segunda-feira, prazo de 5 dias para se inteirar do teor dos autos contra Jamilzinho e decidir se patrocinaria a defesa, depois de ser procurado pela família Name. “Apesar de não ser da área do direito penal e criminal, ia conversar com ele. Marcaram para que fosse hoje, mas estranhamente passaram para sexta-feira. Talvez já estava programada essa ida dele”, diz o advogado.

Com escritório em São Paulo e Brasília, Márcio Pollet faz a defesa dos Names em processos nas áreas civil e tributária. Ele afirma que depende de um primeiro contato com Jamil Name Filho para decidir se vai representá-lo em processos da operação Omertà.

“Não posso defender sem conversar com ele. O procedimento para poder falar com o cliente em Campo Grande foi bastante difícil. Agora, vou cadastrar em Mossoró, marcar um dia e falar com ele”, afirmou, antes de vir a público o adiamento da transferência. A reportagem tentou falar com ele depois, mas a informação no escritório é de que estava em reunião.

Jamil Name Filho foi preso em 27 de setembro na Omertà, que investiga organização criminosa, atuante em grupo de extermínio, milícia armada e tráfico de armas. Conforme apurado pelo Campo Grande News, o voo que levou Jamilzinho partiu na madrugada do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

A transferência para Mossoró também está autorizada para o empresário Jamil Name e os policiais civis Vladenilson Olmedo, 63 anos, e Márcio Cavalcanti, 60 anos.

A defesa – Em fevereiro de 2019, o advogado Márcio Pollet foi personagem de ato de desagravo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo, em razão de episódios que envolveram a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul em 2007.

À época, Márcio Polett ficou dois dias no presídio federal de Campo Grande, durante a Operação Xeque Mate, contra a máfia dos caça-níqueis, na qual Jamilzinho também foi preso e depois solto.

“Fui absolvido na operação Xeque-Mate e Themis por conduta atípica. Não fiz nada. Paguei os honorários para um advogado, representante meu em Campo Grande, e relacionaram ao financiamento de jogo. Me colocaram nesse negócio. Foi uma violência sem tamanho”, diz o advogado, que move ação contra a União pelo episódio.

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