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Capital

OAB/MS é a primeira do País a criar Comissão da Verdade da Escravidão Negra

Michel Faustino | 20/11/2014 18:00
A advogada Raimunda Luzia de Brito tomou posse nesta quinta-feira como presidente da Comissão. (Foto:Divulgação/OAB/MS)
A advogada Raimunda Luzia de Brito tomou posse nesta quinta-feira como presidente da Comissão. (Foto:Divulgação/OAB/MS)
Raimunda destacou a importância de ampliar as discussões sobre a discriminação e o preconceito no Estado. (Foto: Divulgação/OAB/MS)
Raimunda destacou a importância de ampliar as discussões sobre a discriminação e o preconceito no Estado. (Foto: Divulgação/OAB/MS)

A seccional OAB/MS (Ordem dos Advogados de Mato Grosso do Sul) é a primeira do País a implantar a Comissão da Verdade da Escravidão Negra. Nacionalmente, a Comissão foi istituida no dia 3 de novembro.

Nesta quinta-feira, dia 20, Dia da Consciência Negra, foi realizada a cerimonia de posse da advogada Raimunda Luzia de Brito que ficará a frente da presidência da Comissão.

A posse aconteceu durante o lançamento do esforço concentrado pela coleta de assinaturas pela Reforma Política e Eleições Limpas e contou com a participação do secretário da Comissão Especial de Mobilização pela Reforma Política, Aldo Arantes e do secretário-geral do CFOAB (Conselho Federal da Ordem dos Advogados), Claudio Pereira de Souza.

O presidente da OAB/MS Júlio César Souza Rodrigues destacou durante a solenidade  a importância do combate ao preconceito. “Nosso objetivo é fazer um resgaste histórico da população negra no Estado. Somos todos iguais, missionários da paz, e repudiamos quaisquer atos de intolerância racial”, disse.

Raimunda Luzia de Brito, que é coordenadora estadual da Igualdade Racial, agradeceu o convite para assumir a Comissão e ressaltou que é necessário abrir  a discussão quanto ao combate a discriminação e o preconceito.

“Abrir as portas para discutir as causas sociais e o negro é um ato de coragem. Aqui no Brasil, o negro ainda não é considerado cidadão de primeira classe”, denunciou. Raimunda relatou que sua luta em favor da igualdade racial começou aos 9 anos, quando foi discriminada pela primeira vez.

“Minha missão é resgatar o que foi feito e o que não foi feito com o povo negro. O conselho que dou aos negros é que busquem a educação como saída para a discriminação. É na escola que se aprende a discutir de igual pra igual”, ressaltou.

A comissão terá como funções o resgate histórico desse período, a aferição de responsabilidades e a demonstração da importância das ações de afirmação como meio de reparação à população negra.

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