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Capital

Obra de contenção para e erosão ameaça casas e rodovia na Capital

Edivaldo Bitencourt e Alan Diógenes | 29/08/2014 17:58
Casas do Parque Novo Século, nas Moreninhas, estão a poucos metros de cratera (Foto: Marcos Ermínio)
Casas do Parque Novo Século, nas Moreninhas, estão a poucos metros de cratera (Foto: Marcos Ermínio)

As obras de contenção foram suspensas e a erosão ameaça casas do Parque Novo Século e Avenida Gury Marques, na saída para São Paulo, em Campo Grande. Famílias estão assustadas porque a cratera vem aumentando num ritmo maior nos últimos dois anos.

Mais assustada com a situação está a dona de casa Rita Batista de Souza, 51 anos, que mora no Parque Novo Século há cinco anos. Ela contou que, quando chegou ao local, o buraco estava distante da sua casa. “Agora, está a duas quadras”, comentou. Ela apela para que a Prefeitura Municipal de Campo Grande tome alguma providência para frear o avanço da erosão.

A cratera também avança sobre o pátio da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) e está a poucos metros da Avenida Gury Marques, a principal via de acesso à região sul do Estado.

“A cratera está enorme, cresceu muito nos últimos dois meses”, conta a atendente de padaria Mayara Rossi Oliveira, 22. A erosão está mais próxima de três a quatro casas do Parque Novo Século, na região das Moreninhas. “Estou preocupada”, diz Mayara, que vê o buraco se aproximar do quintal da residência.

Empresa que estava cuidando da obra de contenção da erosão desistiu do trabalho. (Foto: Marcos Ermínio)
Empresa que estava cuidando da obra de contenção da erosão desistiu do trabalho. (Foto: Marcos Ermínio)
Moradora do bairro Há 5 anos, Rita teme que buraco chegue até á sua casa. (Foto: Marcos Ermínio)
Moradora do bairro Há 5 anos, Rita teme que buraco chegue até á sua casa. (Foto: Marcos Ermínio)
Mayara teve que construir barragem para água de chuvas não entrar em sua casa. (Foto: Marcos Ermínio)
Mayara teve que construir barragem para água de chuvas não entrar em sua casa. (Foto: Marcos Ermínio)

O comerciante Juvenal Pereira Batista, 35, que reside há seis no bairro, também está preocupado com a paralisação da obra de contenção da erosão. “O prefeito prometeu construir uma represa e montar uma praça, mas ouvimos isso desde a gestão do Nelsinho Trad”, lamentou-se. Ele disse que até os tubos que seriam colocados já foram levados embora do local.

O eletricista Cristian Alves, 23, até exagera ao falar do risco que a cratera representa para os moradores e para a região. “Nem o gado, que passa lá atrás, não passa ali perto com medo de cair no buraco”, afirma.

A retomada da obra para conter a erosão foi anunciada no dia 29 de maio deste ano. Na época, a Prefeitura anunciou investimento de R$ 3,5 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que previa contrapartida de R$ 2,2 milhões do Governo federal.

As obras foram reiniciadas após ficarem paradas por dois anos. No entanto, segundo o prefeito Gilmar Olarte (PP), a empresa desistiu do contrato e nova licitação será realizada. O novo contrato dever ser firmado em breve, mas a licitação ainda não foi lançada.

Segundo morador, plano da prefeitura era de fazer uma represa na área, mas obra nunca aconteceu (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo morador, plano da prefeitura era de fazer uma represa na área, mas obra nunca aconteceu (Foto: Marcos Ermínio)
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