ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Erosão avança sobre rua e pode desabrigar 150 famílias em bairro

Filipe Prado | 27/11/2013 10:37
O tráfego no bairro ficou prejudicado com a erosão (Foto: João Garrigó)
O tráfego no bairro ficou prejudicado com a erosão (Foto: João Garrigó)

Uma erosão no Complexo Bálsamo, no Bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na saída para São Paulo, ameaça as casas de aproximadamente 150 famílias. Elas também estão com medo das enchentes que acontecem no bairro, por conta do buraco que foi aberto e vem ganhando espaço a cada chuva.

Os moradores da rua Nair Alves e Castro estão preocupados com a abertura da erosão, que fica maior a cada chuva. Arezio Cassemiro, 60 anos, comenta que o buraco dificulta o tráfego na rua. “Minhas filhas, quando vêm me visitar, não conseguem passar aqui na rua, por conta da erosão. E a cada chuva fica pior”, conta.

A erosão também prejudica os comerciantes da rua Antônio Fontoura Borges. “Os fornecedores não querem mais passar pela rua ali de cima. Os motoristas estão reclamando e cobrando melhoras na rua, senão não virão mais aqui”, reclama Vera Lúcia Leandro, 58.

Arezio acha que a Prefeitura Municipal deve arrumar a rua. “Eles devem tomar providências, falam que vão arrumar e até agora nada. Tenho medo que o buraco entre aqui na minha casa e prejudique ainda mais”, comenta o morador.

Alguns moradores da região reclamam que a erosão faz com que, quando chove, uma enxurrada invada suas casas, como Geanete Cris Soares, 33. “Quando chove, alaga tudo aqui. A água vem pela erosão e entra nas nossas casas. Eu já perdi tudo aqui, estou até morando em outra casa. Meu banheiro fica inundado nos dias que chovem”, relata.

Nos dias chuvosos a rua Nair Alves e Castro fica tomada pelo Córrego Bálsamo. Luciene Gonçalves Mendes, 22, conta que quase perdeu uma filha na enxurrada. “Estávamos passando de moto, indo para um churrasco, com minha filha recém nascida. Nós caímos dentro da erosão e minha filha se afogou, mas, graças a Deus, ela está bem”, revela.

Algumas casas estão sendo construídas na rua, mas, por conta da erosão, o encarregado da obra, Rodival Quintana, 44, tem medo da reação dos moradores. “As casas estão todas vendidas e a rua está péssima. Já mandamos aterrar a erosão, mas veio a chuva e estragou tudo de novo”.

Na semana passada, o prefeito Alcides Bernal (PP) e o secretário municipal de Infraestrutura, Semy Ferraz, foram solicitar à Agência Nacional de Transporte Terrestre autorização para solucionar o problema no bairro.

A comerciante Vera relata que os fornecedores não irão entregar as mercadorias, caso continue a erosão (Foto: João Garrigó)
A comerciante Vera relata que os fornecedores não irão entregar as mercadorias, caso continue a erosão (Foto: João Garrigó)
Luciene quase perdeu a filha, recém nascida, por conta da enxurrada (Foto: João Garrigó)
Luciene quase perdeu a filha, recém nascida, por conta da enxurrada (Foto: João Garrigó)
A erosão aumenta a cada chuva forte na região (Foto: João Garrigó)
A erosão aumenta a cada chuva forte na região (Foto: João Garrigó)
Nos siga no Google Notícias