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Capital

Onda de furto de veículos reflete descuido e falhas de segurança

Renan Nucci | 05/11/2014 17:04
Estilhaços do vidro de um automóvel arrombado durante arrastão nas imediações do Parque das Nações Indígenas, dia 30. (Foto: Marcos Ermínio)
Estilhaços do vidro de um automóvel arrombado durante arrastão nas imediações do Parque das Nações Indígenas, dia 30. (Foto: Marcos Ermínio)

A falta de testemunhas e o pouco investimento em câmeras de segurança dificultam a identificação dos ladrões que arrombam veículos para furtar objetos, em diversas regiões de Campo Grande. Segundo o delegado Wellington de Oliveira, da 1ª Delegacia de Polícia, estes fatores, aliados ao descuido das vítimas, formam uma boa oportunidade para os bandidos que, em sua maioria, tem algum tipo de envolvimento com o tráfico. Somente nos últimos dois meses 19 pessoas foram vítimas. Por outro lado, um homem especialista neste tipo de crime foi autuado.

Os arrombamentos ganharam evidência com uma série de casos no dia 4 de setembro, quando seis pessoas tiveram objetos furtados de dentro de seus veículos no Centro, Itanhangá Park e Jóquei Clube. Na última quinta-feira (30), oito vítimas foram alvos de um verdadeiro arrastão nas imediações do Parque das Nações Indígenas. No caso mais recente, na noite de ontem (04), cinco veículos foram arrombados no Centro, Vilas Boas, Vila Gomes e Tiradentes.

“Temos feito levantamentos pelo sistema de georreferenciamento da polícia que consegue apontar o perfil deste tipo de delito, e seus autores. A maioria, pelo menos 80% deles, está envolvida com o tráfico, age sozinho ou em duplas, a pé ou de moto. Os objetos furtados são usados como moedas de troca em bocas de fumo”, disse o delegado. Ele explica ainda que algum dos crimes ocorrem em locais isolados, com pouca movimentação, o que dificulta a presença de testemunhas.

Em outros casos, os criminosos agem rapidamente, geralmente de moto, e deixando poucas pistas. “Muitos locais não possuem câmeras de segurança, ou as imagens não conseguem fornecer provas o suficiente. Vale lembrar que o ladrão se motiva pela ocasião, por isso, também é importante que a vítima não deixe objetos de valor à vista no interior do automóvel”, lembra. Apesar dos obstáculos impostos, as autoridades seguem com os trabalhos de investigação, tanto que um especialista nestes arrombamentos foi autuado.

Raione Antonio da Silva, de 27 anos, já estava preso, mas foi identificado por causa de suas impressões digitais. Ele responde por furtar o interior de três veículos na região do 1º DP, incluindo os bairros Monte Líbano e Jardim dos Estados, todos no ano passado.

O rapaz também é investigado por ter participado de outros delitos. Mais suspeitos foram detidos, mas como estavam em situação flagrante, e como não havia provas, acabaram liberados.  “É um trabalho que não para, por isso, quanto maior colaboração a gente tiver por parte da comunidade, melhor”, completou Wellington.

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