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Capital

Opinião sobre manifestação na Capital vai de indignação à gratidão

Fernanda Yafusso | 05/03/2016 15:19
Populares passavam pelo local da manifestação em prol do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto Fernanda Yafusso)
Populares passavam pelo local da manifestação em prol do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto Fernanda Yafusso)

Protesto organizado por lideranças de movimentos sociais a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dividiu as opiniões de quem passou pelo Centro de Campo Grande na manhã deste sábado (5). O evento reuniu cerca de 70 pessoas na esquina da Avenida Afonso Pena com a 14 de Julho.

Alguns apoiaram a manifestação, outros repudiaram o ato. Houve motoristas que buzinaram e fizeram sinal de negativo com a mão ao passar pelo grupo.

Para o comerciante André Luiz Souza, 41 anos, o ato é uma expressão de democracia. Ele explica que sempre acompanhou as manifestações políticas. Dessa vez trouxe o filho para participar também. "Ele tem 10 anos, já acompanha os noticiários e me pergunta o que está acontecendo. Eu explico sempre para ele e hoje quando eu disse que iria passar por aqui, ele quis vir junto", conta.

Um taxista de 40 anos que não quis se identificar disse ser a favor da manifestação, pois o partido lhe trouxe muitos benefícios. "Eu tive a oportunidade de poder cursar o Prouni (Programa Universidade para Todos) e graças a Deus eu tenho essa tranquilidade na minha vida e não tenho do que reclamar", esclarece.

Por outro lado, o vendedor Robson William, 24 anos, não gosta do partido e diz que o ato não passava de uma atitude sem fundamento. "É totalmente errada essa manifestação", relata.

A estudante de 23 anos Eloísa Pimenta estava indignada com o protesto que, na opinião dela, "era uma completa palhaçada". "Enquanto os políticos estão na praia e tranquilos, eles estão aqui gastando saliva por um político que não presta", comenta.

Vendedor de uma loja de roupas, Kleber da Rocha, 32 anos, acredita na veracidade das denúncias contra o ex-presidente. Para ele, a Polícia Federal não investigaria o caso se não houvesse motivo. "Eu trabalho há anos nessa profissão e o comércio nunca ficou tão fraco quanto os dois últimos anos. O PT afundou o País e eu não apoio o que eles estão fazendo. Por que não defenderam o Delcídio? Hoje só falaram do Lula", diz.

Alguns motoristas fizeram sinais negativos com as mãos repudiando a manifestação (Foto Fernanda Yafusso)
Alguns motoristas fizeram sinais negativos com as mãos repudiando a manifestação (Foto Fernanda Yafusso)
Eloísa, de costas, estava indignada e não quis parar para ver a manifestação (Foto Fernanda Yafusso)
Eloísa, de costas, estava indignada e não quis parar para ver a manifestação (Foto Fernanda Yafusso)
André, à direita, diz que sempre participa das manifestações e acredita na democracia (Foto Fernanda Yafusso)
André, à direita, diz que sempre participa das manifestações e acredita na democracia (Foto Fernanda Yafusso)

Uma viatura da PM acompanhou o protesto e precisou, em certos momentos, organizar os participantes para que não houvesse acidentes com os veículos que trafegavam pelo Centro. Algumas pessoas, por exemplo, chegaram a atravessar a rua no semáforo aberto para os condutores e entraram na frente dos automóveis.

Não foram registrados tumultos durante o ato, segundo a corporação.

Contrários - Além da manifestação a favor de Lula, outro movimento reuniu 20 pessoas na esquina da Rua Bahia com a Avenida Mato Grosso. O evento inicialmente estava programado também no cruzamento da Afonso Pena com a 14 de Julho, mas para evitar confusão, mudou de local.

Os participantes adesivaram em torno de 500 veículos apenas na primeira hora da manifestação. A organização não informou os números finais do ato.

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