ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Orla Ferroviária muda cenário da área central e agrada quem vê

Nadyenka Castro | 22/12/2012 11:59
Orla Ferroviária: espaço de diversão, turismo, história e gastronomia entre as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Orla Ferroviária: espaço de diversão, turismo, história e gastronomia entre as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Marli mora há 24 anos na região e, do portão de casa, ela enxerga e elogia a Orla Ferroviária. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Marli mora há 24 anos na região e, do portão de casa, ela enxerga e elogia a Orla Ferroviária. (Foto: Rodrigo Pazinato)

“Antes tinha o muro, depois o mato e os usuários de droga. Agora, ficou gostoso da gente olhar”. A declaração é da aposentada Marli Martins Roas, 56 anos, sobre o cenário que via todos os dias ao sair no portão de casa, que mudou nos últimos meses.

O matagal deu lugar a um quilômetro de ciclovia, espaços para caminhadas, piso tátil, oito quiosques para alimentação e muitos bancos. Há também gramados, árvores e sistema de drenagem de água e de esgoto. O muro não existe mais e agora todos podem apreciar e se divertir na Orla Ferroviária.

A obra foi executada no trecho da antiga linha férrea entre as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, com investimento aproximado de R$ 4,8 milhões, financiados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

A ciclovia recebeu em sua extensão pedra portuguesa. As calçadas e rampas foram executadas dentro das normas de acessibilidade e os taludes receberam proteção lateral. As áreas de estar com o assentamento de porcelanato, instalação de um deck sobre a estrutura metálica dos viadutos e travessia elevada em todos os cruzamentos.

Marli mora com a família há 24 anos em uma residência da Vila dos Ferroviários, tombada pelo patrimônio histórico, e já viu muitas mudanças na região. A última, a construção da Orla Ferroviária, para a qual é só elogios. “Olha que coisa boa que fizeram”, “como ficou bonito”. Ela ainda acrescenta que até as pessoas que trabalham na obra cuidam do espaço. “Eles olham com carinho”.

O sapateiro Silvano Godoy, 72 anos, está há 25 na região. Afirma que tem muitas histórias para contar e, apesar de elogiar a transformação do local, tem suas críticas. “Ficou muito bonito, mas está um silêncio só. Antes tinha o comércio, aí derrubaram”. Para o idoso, o movimento na sapataria dele não vai mudar, porque “o pessoal vai passear aí [na Orla] mais à noite”.

A gerente de loja Vanessa Pereira, 25 anos, diz que a Orla ficou bonita e que a obra “deu uma melhorada” na região. Para ela, o mais importante foi que muitos moradores de rua que ficavam por ali já não estão mais. “Diminuiu uns 80%, os furtos também não têm mais. Antes, pegavam chinelo na porta, saíam correndo para trocar por droga”, conta.

Além das melhorias para quem mora e trabalha na região, a Orla Ferroviária é mais um ponto para famílias de todos os bairros da cidade passear. É ponto turístico, de encontro, histórico e de gastronomia.

“Está mais seguro aqui, mais bonito, mais sinalizado. Era bem abandonado. Agora dá para vir passear”, fala o morador no bairro Santa Luzia, Cleison Vilalba Cáceres, 34 anos, técnico em informática.

Nos siga no Google Notícias