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Capital

Pai busca provas para inocentar acusado de matar por engano

Lidiane Kober e Caroline Maldonado | 20/05/2014 14:44
Pai do acusado diz ter vídeo e testemunha para provar inocência do filho (Foto: Paulo Francis)
Pai do acusado diz ter vídeo e testemunha para provar inocência do filho (Foto: Paulo Francis)

O pai de Kelvin Vieira Romin, de 22 anos, acusado de matar por engano o mecânico João Ricardo Gervázio Júnior, 28, busca provas para inocentar o filho. Ele afirma ter testemunha e vídeo que contradizem o rumo das investigações. Responsável pelo caso, o delegado Tiago Macedo dos Santos, titular da 4ª Delegacia de Polícia, por sua vez, afirma ter provas “irrefutáveis” contra o jovem.

Por outro lado, o pai do acusado, Jair Main Romin, promete não sossegar até provar o contrário. Ele garante que o filho “está sendo injustiçado”. Além disso, denuncia que, por conta do crime, “toda família está sendo ameaçada”. “ Tem gente que acha que foi o Kelvin que matou esse homem e querem se vigar de nós agora, ficam rondando a minha casa”, contou.

Para proteger a família e livrar o filho da prisão, o pai ataca o delegado e assegura provar tudo. “O delegado está apontando e atirando no próprio pé, não apurou corretamente. Duas testemunhas 'reconheceram' meu filho, porque foram compradas”, disse.

Ao mesmo tempo, ele promete trazer um elemento surpresa. “Tenho outra testemunha que viu tudo e que vai desmentir essas testemunhas que estão acusando o Kelvin. Eu não vou falar quem é essa pessoa agora, mas eu tenho essa pessoa”, declarou.

Além disso, o pai do acusado informou ter vídeo, mostrando o filho e a esposa saindo de casa justamente no momento do assassinato. “O horário que eles estão acusando meu filho de ter matado esse homem é justamente a hora que estava saindo de casa, com a esposa”, relatou.

Outro ponto questionado pelo pai são características da mulher supostamente vista com o acusado na hora do crime. “Falam que o Kelvin estava com uma mulher loira quando matou esse homem, mas a esposa do meu filho é morena e ela está junto com o Kelvin, abrindo o portão nessa hora”, ponderou.

Jair disse ainda que o filho conhecia o homem que deveria ser assassinado, identificado apenas, por enquanto, como Emerson. “Eles já tiveram um desentendimento, mas não sei detalhes sobre isso e estou certo que Kelvin não teria motivos para matá-lo”, concluiu.

Indagado sobre o vídeo, o delegado contou que a defesa apresentou requerimento para incluir as imagens no inquérito. “São momentos distintos”, ressaltou, explicando que o crime ocorreu em outro horário. A gravação do acusado saindo de casa começou às 15h37. “O vídeo não foi capaz de mudar o rumo da investigação”, emendou Macedo.

O delegado ainda fez questão de destacar “responsabilidade” na apuração do caso e ter provas “contundentes” contra Kelvin. “O indiciamento persiste, temos provas irrefutáveis”, frisou. Ele, porém, não deu detalhes para não atrapalhar as investigações.

O assassinato - João Ricardo Gervázio Júnior foi assassinado a tiros por engano no lugar do cunhado, identificado como Emerson. Segundo a Polícia, o assassino viu a vítima de costas e a matou, achando que estava cumprindo as ordens do mandante, que tinha uma dívida de R$ 40 mil com o empresário e encomendou a morte para se livrar do débito.

João Ricardo foi vítima de uma grande coincidência. Ele foi até o escritório do cunhado na Vila Ieda para consertar a caminhonete de Emerson. Conforme a Polícia, neste momento, o assassino chegou e o matou a tiros.

O acusado de ser o mandante do crime é Luiz Santos de Matos, o Júnior, 32 anos. Ele também está com a prisão preventiva decretada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. No entanto, está foragido, usando nome falso e fora da Capital.

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