Para não pagar estacionamento, clientes de shopping lotam rua de carro
Na região do Shopping Campo Grande, quem acaba prejudicado são os moradores, que sofrem com o tumulto de veículos
Não é de hoje que consumidores reclamam do preço cobrado pelo estacionamento no Shopping Campo Grande. A consequencia disso é que agora faltam vagas nas ruas da redondeza e quem acaba prejudicado são os moradores, que sofrem com o tumulto de veículos.
A situação piorou quando o valor do estacionamento privado subiu, em dezembro do ano passado. “Final de semana é quase impossível encontrar vaga para estacionar”, diz o funcionário público Luiz Carlos Athayde, 29 anos.
Ele é morador na rua Jintoku Minei e teve que estacionar o carro quase na parte de terra do terreno em frente ao apartamento dele para poder descer a filha, que estava dormindo.
“Tem que colocar em qualquer lugar, não tem vaga”, reclama o morador. E para ajudar, caçambas, lixeiras e cones também disputam vaga com os carros na rua.
Por outro lado, a representante comercial Vanessa Borchert, 32 anos, pontua que para quem vai direto ao shopping, fica inviável pagar o valor cobrado. “Venho aqui mais de uma vez por semana e fico no máximo 30 minutos, não tem como pagar todo dia... Os R$ 2 que era cobrado antes já estava muito bem pago”, avalia.
Outra rua que também acabou virando opção para quem vai ao shopping Campo Grande, seja para pagar contas ou para passear, é a rua Paraná. Mas nesta, a situação é ainda mais crítica, pelo fato de a via ser estreita e mão dupla.
Em horário de pico, segundo os moradores, há até revezamento para os motoristas conseguirem passar, além da falta de vaga. “É impossível, outro dia tive que parar o carro há duas quadras do apartamento da minha nora e vir na chuva, porque não tinha vage mais perto”, conta uma mulher de 57 anos, que preferiu não se identificar.
A secretária Tâmara Nunes, 31 anos, faz parte da porcentagem que se recusa a pagar pelo estacionamento privado do shopping e deixa o carro na rua. “É caro demais, então todo mundo acaba estacionando aqui fora. Às vezes até fico rodando para achar vaga, mas é melhor do que pagar R$ 4”, comenta.
Enquanto isso, na tarde desta sexta-feira pelo menos, o estacionamento na parte do Carrefour sobrava vagas.