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Capital

"Para": presa por latrocínio diz que pediu fim de agressão à pecuarista

"Ela pediu para Pedro ‘parar com aquilo, pois a mataria se continuasse’”, informa a defesa de Jéssica

Aline dos Santos | 30/07/2022 08:23
Movimentação de viaturas em frente ao condomínio na Chácara Cachoeira, onde Andréia foi morta. (Paulo Francis)
Movimentação de viaturas em frente ao condomínio na Chácara Cachoeira, onde Andréia foi morta. (Paulo Francis)

Presa pelo latrocínio da pecuarista Andreia Aquino Flores, a funcionária Jéssica Neves Antunes, 24 anos, pede liberdade provisória. O documento foi anexado na madrugada deste sábado (dia 30). Na manhã de hoje, ela e a mãe vão passar por audiência de custódia em Campo Grande.

O advogado Raphael Augusto Cândido de Souza aponta que Jessica comprou o simulacro de arma, boné e cigarros antes do crime, mas não participou da asfixia que levou à morte de Andréia. Ele destaca que a presa pediu para que Pedro Benhur Ciardulo (apontado como responsável por imobilizar a vítima) parasse. “Ela pediu para Pedro ‘parar com aquilo, pois a mataria se continuasse”, informa a defesa.

O documento antecipa que, diante do juiz da audiência de custódia, Jéssica deverá revelar ter sofrido tortura física e psicológica. “A parte acusada afirma que foi vítima de tortura física e psicológica, praticada no momento em que estava sendo interrogada pelos policiais da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos – DERF - até então desconhecidos -, para que suas palavras viessem a coincidir com o depoimento prestado pela primeira acusada, LUCIMARA ROSA NEVES”.

Jessica Neves foi presa com a mãe por latrocínio. (Foto/Arquivo)
Jessica Neves foi presa com a mãe por latrocínio. (Foto/Arquivo)

Titular da Derf, o delegado Francis Flávio Freire afirmou neste sábado ao Campo Grande News que desconhecia informação de tortura e refuta "qualquer afirmação neste sentido".

Lucimara, 43 anos, é mãe de Jéssica e também foi presa pelo crime. A defesa de Jéssica  pede liberdade provisória, com monitoração eletrônica.

De família tradicional de Ponta Porã e dona de vasto patrimônio, Andréia, 38 anos, foi encontrada morta em casa, num condomínio da Chácara Cachoeira, em Campo Grande, no começo da tarde de quinta-feira (dia 28).

Primeiro, mãe e filha, funcionárias da pecuarista, relataram versão fantasiosa de que foram rendidas após compras num atacadista da Rua Marquês de Lavradio, Jardim São Lourenço,  e forçadas a entrar no condomínio. Durante o crime, teriam permanecido amarradas e Lucimara ainda foi obrigada a dar fuga para os assaltantes, os levando até o Bairro Tiradentes.

A versão caiu por terra horas depois, quando as câmeras do atacadista mostraram o homem entrando no Jeep, de propriedade de Andréia, enquanto as funcionárias guardavam as compras. O assalto era para forçar a pecuarista a transferir dinheiro, foram citados valores de R$ 20 mil a R$ 80 mil.


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