Parque continua fechado após 17 dias e população está sem opção de lazer
O Parque Ayrton Senna, em Campo Grande, continua fechado. Ele foi interditado há 17 dias pelo Corpo de Bombeiros. Segundo o órgão, o local apresenta irregularidades estruturais, mas, para a população, a decisão gera prejuízos, conforme moradores disseram ao Campo Grande News. Todos os entrevistados lamentaram a situação.
"Eu sempre levo minha filha ao parque, inclusive durante a semana, no final da tarde. Ela gosta de brincar na quadra de areia, mas agora ficamos em casa. Não existem outros parques bons assim aqui perto", afirma a funcionária pública Gisele Braga. "Acho que as crianças são as mais prejudicadas", completa Gisele, que é mãe de uma menina de três anos.
Todos os dias, cerca de 2 mil pessoas utilizam o parque, mas agora estão sem opção de lazer e de espaço para a prática de atividades físicas. No Ayrton Senna são oferecidas aulas gratuitas de: natação, atletismo, basquete, futsal e vôlei, entre outras modalidades.
Sem exercícios - Uma das atividades é a aula de zumba, prática física aeróbica que utiliza movimentos de dança. A dona de casa Elizabeth Martins, de 44 anos, fazia aulas de hidroginástica e zumba no local, mas como a piscina do parque está fechada, há 15 dias a hidroginástica também está suspensa.
"A zumba só não parou também porque a professora decidiu continuar as aulas em uma praça aqui perto. Mas isso é muito ruim. Já não temos opções de lazer aqui e esse era um dos poucos lugares para as pessoas se divertirem, mas, fechado, fica bem ruim", analisa.
Quando o fechamento do espaço foi comunicado, o coordenador de parques e áreas verdes da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), Wilson Benedito Guedes, disse ao Campo Grande News que o local deverá passar por restruturação e adequação.
As mudanças correspondem à inclusão de dispositivos de segurança, entre eles, disposição de rotas de fuga, implantação de brigada de incêndio, instalação de hidrantes e boia salva vidas nas piscinas. Segundo ele, isso ocorreria em 10 dias, mas 17 já se passaram.
Espera - Enquanto isso não acontece, o borracheiro Adiel Rodrigues, de 43 anos, precisa se desdobrar para tentar oferecer opções de lazer aos quatro filhos.
"Se eu falar que o parque fechado não prejudica a gente eu vou estar mentindo, né? Porque moro do lado ali, levo meus filhos pra jogarem bola, pra brincar lá. Mas, com tudo fechado, complica", desabafa.
A três quadras do parque, a equipe de reportagem encontrou quatro meninos brincando em uma pequena praça que fica na Avenida Tancredo Neves. Questionados acerca do fechamento do Ayrton Senna, logo reclamaram: "a gente ia lá hoje, mas tá fechado, então nem dá", disseram. "Aí viemos pra cá, mas tem dias que aqui fica lotado, cheio de criançada", finalizou outro.