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Capital

"Pedreiro Assassino" confessa sexta morte e polícia retoma escavações à noite

Força-tarefa que desenterra cadáveres desde a madrugada desta sexta-feira foi novamemente mobilizada para localizar restos mortais

Marta Ferreira | 15/05/2020 20:32
 Claudionor Longo Xavier, desaparecido desde abril de 2019 é mais uma vítima do "Pedreiro Assassino", segundo confissão do criminoso à polícia. (Foto: Direto das Ruas)
 Claudionor Longo Xavier, desaparecido desde abril de 2019 é mais uma vítima do "Pedreiro Assassino", segundo confissão do criminoso à polícia. (Foto: Direto das Ruas)

A alcunha de “Pedreiro Assassino” para Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, agora tem seis motivos, que beiram o surreal.

Depois de encerradas as escavações pela polícia por restos mortais de cinco pessoas assassinadas por ele, quando foi levado para o Cepol (Centro de Polícia Especializada), no Bairro Tiradentes,  em Campo Grande o homem preso preventivamente na madrugada desta sexta-feira (15) confessou mais uma morte.

Disse ter matado uma pessoa chamada “Claudionor”, há cerca de um ano, e enterrado o corpo dela no mesmo imóvel no qual foi achado o cadáver de José Jesus de Souza, 45 anos, no Bairro Sírio Libanês, por volta das 3h da madrugada.

Ao admitir mais esse homicídio, o "Pedreiro Assassino" disse ter vendido a motocicleta  de Claudionor na internet.

Revelou, segundo levantou a reportagem, ter conhecido o homem como caseiro de chácara onde prestava serviços, quando fizeram juntos investimento em imóvel e acabaram brigando. Conforme o matador confesso, ele abriu a cova na casa no Bairro Sírio Libanês, matou Claudionor, transportou a vítima morta até lá e enterrou.

A checagem feita pelos policiais indicou que a pessoa citada pode ser Claudionor Longo Xavier,  sumido desde 18 de abril de 2019, aos 47 anos, quando saiu de motocicleta e nunca mais foi visto.

Diante da informação, a força-tarefa para desenterrar as vítimas foi novamente mobilizada, envolvendo o Corpo de Bombeiros, Batalhão de Choque  da Polícia Militar e equipes da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios, além da perícia.

A ossada foi localizada por volta das 20h30, em local indicado pelo criminoso em série.

Equipes voltaram a local onde primeiro corpo foi localizado depois de Cleber falar de sexta vítima. (Foto: Direto das Ruas)
Equipes voltaram a local onde primeiro corpo foi localizado depois de Cleber falar de sexta vítima. (Foto: Direto das Ruas)

Entenda - Cleber de Souza Carvalho foi preso nesta sexta-feira, por volta das 2h, por equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar, no Bairro Campo Belo, região norte de Campo Grande.

Estava, na casa de um parente, onde ficou escondido desde o assassinato mais recente cometido por ele ser descoberto.

A vítima encontrada foi o comerciante José  Leonel Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, encontrado debaixo da terra, na própria casa, na Vila Nasser, no último dia 7.

Em família - Cleber, a esposa, Roselaine Tavares Gonçalvez, 40 anos, e a filha do casal, Yasmim Natacha Gonçalves, de 19 anos, estavam morando com ele na residência. O caso veio à tona quando familiares do comerciante sentiram a falta dele, descobriram a casa ocupada por estranhos e denunciaram à DEH.

As duas mulheres foram presas no dia e, em decisão da Justiça dia 8, Yasmim teve a prisão preventiva decretada por participação no homicídio e a mãe foi colocada sob monitoramento por tornozeleira eletrônica. Contra ela, pesa a acusação de ocultação do cadáver.

O "Pedreiro Assassino", com prisão preventiva decretada, fugiu.  Foi localizado hoje por volta das 2h por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, quando confessou a série de mortes. Suas vítimas eram homens em geral sozinhos, e ele as 'escolhia' para ficar com os bens, acredita o delegado responsável pelo inquérito, Carlos Delano.

Um dos mortos foi o próprio primo de Cleber, Flávio Pereira Cece, 34 anos, que igualmente teve o cadáver enterrado, depois de briga envolvendo a construção de muro em terreno dividido pela família, de acordo com a história contada pelo assassino.

Cece sumiu em 2015, mas sequer houve denúncia à Polícia Civil.

Os crimes pelos quais o "Pedreiro Assassino" vai responder são de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, por seis vezes até o momento. A polícia admite a possibilidade de haver mais mortes na conta do criminoso em série.

Texto atualizado às 20h45 para acréscimo de informações***






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