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Pela matemática, professores fazem alunos "enxergarem com as mãos"

Professores da UFMS criaram método de ensino para aumentar interesse de alunos pela Matemática

Gabrielle Tavares | 31/12/2022 15:35
Pela matemática, professores fazem alunos "enxergarem com as mãos"
Laboratório de Matemática foi criado para que alunos "enxergassem com as mãos". (Foto: Divulgação/UFMS)

Gerações mudam, mas a dificuldade em aprender matemática continua sendo um problema para a Educação Básica brasileira. Em um estudo feito pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, estudantes do Brasil conquistaram 384 pontos, sendo 105 pontos abaixo da média obtida pelos estudantes de outros países.

Foi pensando nestas estatísticas que a professora de Matemática da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Vanilda Alves da Silva, do câmpus de Ponta Porã, criou o Laboratório de Matemática: a possibilidade de enxergar com as mãos.

As atividades criadas no local procuram estimular a compreensão do conteúdo matemático e despertar o interesse do aluno, modificando a visão de que a matemática ensinada nas escolas é diferente da ‘matemática cotidiana’.

"Esse fato contribui para a visão que, em geral, as pessoas têm sobre a matemática, como sendo algo muito difícil de aprender. Tal visão pode ser mudada com a proposta de um trabalho criativo, que possibilite a integração entre a teoria e a prática, entre o abstrato e o concreto”, apontou Vanilda.

Pela matemática, professores fazem alunos "enxergarem com as mãos"
Atividades usadas em laboratório. (Foto: Divulgação/UFMS)

O projeto começou em agosto de 2021 e diversas escolas já participaram das atividades, como a Escola Municipal de Dourados Sócrates Câmara, e as escolas estaduais de Ponta Porã Adê Marques, Joaquim Murtinho, Fernando de Noronha e Mendes Gonçalves.

“Foram desenvolvidas várias atividades matemáticas, sequências didáticas matemáticas, jogos matemáticos e atividades pensadas para as tecnologias”, completou a professora Vanilda.

O estudante Eduardo Henrique Alves de Souza, que participa do projeto, comentou que é notável o baixo rendimento dos alunos nos diversos níveis de ensino, na aprendizagem matemática, no desenvolvimento do raciocínio lógico, no pensamento independente, na criatividade e capacidade de resolver problemas.

"Diante disso, faz-se necessário a criação de estratégias que despertem o interesse e o gosto pela matemática. Como educadores, devemos procurar alternativas para complementar o conteúdo ensinado no currículo, aumentar a motivação do aluno para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a concentração e o raciocínio lógico dedutivo e a levar à interação social”, ressaltou.

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