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Capital

Percorrer dois extremos de Campo Grande vira passeio com nova avenida

Fabiano Arruda | 17/05/2012 09:10
Avenida tem 10,5 quilômetros e interliga Duque de Caxias ao anel viário na saída para Sidrolândia. (Foto: Minamar Junior)
Avenida tem 10,5 quilômetros e interliga Duque de Caxias ao anel viário na saída para Sidrolândia. (Foto: Minamar Junior)

Antes de 2011 era um transtorno pensar em se deslocar do anel viário, na saída para Sidrolândia, até avenida Duque de Caxias, perto do Centro de Campo Grande.

Também no sentido contrário, desde dezembro do ano passado, condutores cortam a cidade neste trecho pela avenida Lúdio Coelho, uma das intervenções do Complexo Lagoa, que teve investimentos de R$ 55 milhões.

Ao longo de 10,5 quilômetros, a via recebe o nome do ex-prefeito no trecho entre a avenida Duque de Caxias até a Antônio Bandeira, região do bairro Leblon.

São duas pistas, uma no sentido bairro e outra ao Centro, com três faixas cada. Com tanto espaço, o condutor logo imagina que o trânsito poderia ter a mesma fluidez no restante da cidade pelo conforto e agilidade.

A partir da Antônio Bandeira até o macroanel na saída para Sidrolândia, o trânsito passa a ter apenas uma via, que ganhou o nome de Nasri Siufi, dividida por mão dupla, o que não interrompe a fluidez no tráfego.

Trecho da ciclovia, na saída para Sidrolândia. Faixa para ciclistas tem 10 quilômetros e acompanha toda a via.
Trecho da ciclovia, na saída para Sidrolândia. Faixa para ciclistas tem 10 quilômetros e acompanha toda a via.

Agilidade - Morador do conjunto União, Edinei Ferreira, 45 anos, conta que trafega pela Lúdio Coelho quase que diariamente. “Incomparável ao que era antes”, afirma, ressalvando que a nova estrutura de trânsito traz melhorias, mas dá margem para o surgimento de acidentes provocados por motoristas displicentes. Mais sinalização é a dica para evitar o problema.

Já Alcyr Mauricio, 48 anos, utilizava a ciclovia na manhã de ontem e comemorava a segurança em utilizar a faixa para trabalhar. O espaço específico para ciclistas foi desenvolvido ao longo da avenida e tem os mesmos dez quilômetros.

O motociclista Luciano Pereira, 29 anos, destaca que o trânsito ficou melhor e mais rápido, sobretudo, após a instalação de semáforo na região do bairro União. Antes, segundo ele, o risco de acidentes era constante.

“Comparado ao que era é uma metamorfose, pois antes aqui era tudo mato, buraqueira e matagal. Do jeito que era ninguém, queria morar nesta região”, diz a dona de casa Antonieta Carvalho, 64 anos, que reside em frente a avenida nas proximidades da entrada da Vila da Base Aérea desde 1994.

“Agora é coisa de dez minutos e estou no Centro”, diz, por sua vez, o pedreiro William Maciel, 44 anos, morador, há 33 anos, do bairro Cophavila II, outro extremo da avenida.

Ele também mora em frente à nova via e lembra que, no passado, a região era praticamente esquecida. Segundo ele, a obra, no mínimo, dobrou o valor de seu imóvel.

Morador do Cophavila, William Maciel comemora rápido acesso à região central.
Morador do Cophavila, William Maciel comemora rápido acesso à região central.
Construtor vislumbra boa expectativa na venda de casas na entrada do bairro Caiobá. Antes da avenida, construir na região seria impossível.
Construtor vislumbra boa expectativa na venda de casas na entrada do bairro Caiobá. Antes da avenida, construir na região seria impossível.

Valorização - Na região do bairro Caiobá, Paulo Xavier, 58 anos, constrói três casas, uma ao lado da outra, de 45 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e vaga para garagem.

A expectativa dele é vender cada uma por R$ 100 mil. “Antes da inauguração da avenida era impossível pensar neste valor. A avenida valorizou toda a região”, diz ele, que atua há 30 anos na construção de imóveis na Capital.

Complexo - Além da avenida Lúdio Coelho, a obra do Complexo Lagoa pôs fim aos problemas de inundações. Outro destaque do projeto está no meio ambiente: foram plantadas espécies como a palmeira, tamareira, ipês e oitis.

Outro destaque é o Parque Linear Lagoa, com 97 hectares, que consiste numa área de preservação ambiental que conversa as matas ciliares e garante a biodiversidade local.

A exemplo de outras obras de urbanização de Fundo de Vale, as intervenções do Complexo Lagoa também removeram famílias que moravam em regiões de risco. O Residencial Aquarius, que fica no bairro Santa Emília, foi utilizado para realocar mais de 100 famílias.

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