Pivô de morte de comerciante, ex-mulher diz que assassino telefonou após crime
Maikon Lucas Matias, 22 anos, teria ficado com ciumes de mensagem enviada pela vítima
A ex-mulher de Maikon Lucas Matias, 22 anos, foi ouvida pela polícia nesta quinta-feira sobre o assassinato do comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, de 29 anos. Ela contou que o suspeito ligou após o crime, confessou ser responsável morte e pediu para ela sair de casa.
Em depoimento, a ex-mulher confirmou que o foragido viu uma mensagem de Hugo no celular dela e não havia gostado do teor do texto, encaminhado via Facebook.
Na mensagem, o comerciante dizia que sempre Maikon a chamava de "vagabunda" e se declarou: "sempre fui loco pra fica com você, me dá uma chance? (sic)".
Na sequência, lembrou da relação com o assassino, de dependência econômica, já que Maikon trabalhava com ele e morava no local. "Se você quiser, eu tiro ele de lá, ele depende de mim. Come com meu dinheiro, dorme no que é meu".
Dono de conveniência localizada na Avenida Panamericana, no Bairro Danúbio Azul, região norte de Campo Grande, Hugo foi morto a tiros, a facadas e a golpes de taco de sinuca, na última segunda-feira, em frente ao comércio. Maikon seria funcionário da vítima e estaria morando nos fundos do local, porque estava separado da mulher.
De acordo com o delegado Ricardo Meireles, da 3º Delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações, a ex-mulher disse que nunca suspeitou que o caso acabaria em morte.
Segundo ela, ao ler a mensagem, o suspeito afirmou que iria conversar com a vítima sobre o teor, mas ela disse que em momento algum ele manifestou interesse em matar ou se vingar do comerciante.
A mulher diz ainda que, aparentando tranquilidade, o suspeito ligou para ela após cometer o crime pedido para que saísse de casa. Eles são pais de um bebê recém-nascido.
Vídeo – A polícia ainda verifica a autenticidade de vídeo publicado em perfil fake, no Facebook, em que o suspeito afirma ter atirado, esfaqueado e ainda agredido o comerciante foi “trairagem”. Ele ainda acusa o morto de agiotagem.