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Capital

Plantão Cinderela' está longe de resolver problemas da saúde, diz sindicato

Ricardo Campos Jr. | 22/08/2017 10:14

O chamado “plantão Cinderela”, que reduz pela metade a jornada de trabalho da madrugada nas unidades 24 horas não é aceita individualmente pelos médicos e tende a prejudicar a população, na opinião do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul). Em nota encaminhada nesta terça-feira (22), a entidade de classe afirma que “a solução para a precariedade da saúde pública está longe de ser essa medida”, que foi adotada pelo município como forma de cortar gastos e atender às reivindicações salariais da categoria, que teve benefícios incorporados aos vencimentos.

“Em todo o país há a necessidade de mais médicos e em Campo Grande a gestão quer a cada dia diminuir o efetivo de profissionais da saúde. querem fazer economia utilizando a saúde da população”, diz o sindicato.

Valendo – O plantão Cinderela começou a vigorar ontem. Antes, os médicos trabalhavam 12 horas seguidas, das 19h às 7h. Com a mudança, a jornada passou a terminar a 1h. De acordo com o coordenador de Urgência e Emergência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Yama Higa, seis profissionais chegaram atrasados e outros cinco não compareceram ao serviço nessa segunda-feira.

Contudo, não há informação se eles têm atestados e se estavam escalados para o meio-plantão ou para o plantão completo. Em média, cada uma das 10 unidades 24 horas conta com 9 ou 10 profissionais escalados no período.

A prefeitura tomou por base, antes de bater o martelo sobre a redução de jornada, informações passadas pelos próprios profissionais e dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) a respeito da demanda no período noturno.

"Os médicos fizeram uma proposta. A prefeitura fez a contraproposta. E eles enviaram uma terceira proposta, onde nasceu essa a historia do plantão Cinderela. Eles mesmo disseram que não precisa ter dois médicos de 1h às 7h, porque diminui bastante a procura", comentou o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

O Campo Grande News tentou contato com Yama Higa, mas ele estava em uma reunião e não pode atender a equipe de reportagem pelo telefone.

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