ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 29º

Capital

PM diz que matou garoto para se defender e irá responder em liberdade

Policial disse que ordenou que garoto abaixasse arma, mas foi alvejado e revidou em legítima defesa

Luana Rodrigues e Adriano Fernandes | 12/06/2017 17:28
Luiz Junior Souza, de 17 anos, em foto postada no Facebook. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Luiz Junior Souza, de 17 anos, em foto postada no Facebook. (Foto: Reprodução/ Facebook)

Autor do disparo que matou o adolescente Luiz Junior Souza, de 17 anos, um policial militar de 31 anos, identificado apenas como Fernandes, se apresentou à polícia nesta segunda-feira (13). Ao delegado responsável pelo caso, o policial, que é cabo da PM, afirmou que agiu em legítima defesa. Ele irá responder ao processo pela morte do garoto em liberdade.

Conforme o delegado Jairo Mendes, da 5ª delegacia de Polícia Civil, o cabo afirmou que participava da festa, realizada na Chácara República, na madrugada de sábado (10), quando ouviu um disparo de arma de fogo. Ao sair para ver o que era, se deparou com dois homens armados, um deles era o adolescente.

O policial disse que se identificou como PM e sacou a própria arma, exigindo que os dois jovens abaixassem os revólveres que tinham em mãos. Um deles teria abaixado a arma, no entanto, o garoto teria apontado o revólver contra ele e atirado por duas vezes. “Ele disse que então atirou uma vez e acabou acertando o garoto”, explicou o delegado.

Ainda conforme Mendes, o policial disse que só não ficou no local da morte, porque ouviu populares dizerem que o garoto era 'amigo de bandidos perigosos'. “Ele afirmou que entrou no próprio carro e iria vir direto para a delegacia, mas, ligou para seu advogado antes, que o orientou a ir para casa e se apresentar somente hoje (segunda-feira)”, contou a autoridade policial.

O delegado afirma que apesar desta versão, o policial irá responder por homicídio doloso, e só ficará em liberdade, pois se apresentou por livre e espontânea vontade e não tem antecedentes criminais, além de ou outros requisitos que justifiquem a prisão.

Policial é homem de camisa azul, deixando delegacia. (Foto: Adriano Fernandes)
Policial é homem de camisa azul, deixando delegacia. (Foto: Adriano Fernandes)

O policial chegou a delegacia acompanhado do advogado Amilton Ferreira. O depoimento durou cerca de 1h30. Ele deixou o local sozinho e não quis conceder entrevista à imprensa.

O delegado do caso disse que irá ouvir outras testemunhas do crime e aguarda laudos necroscópicos sobre o caso. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.

“Ainda não sabemos o que motivou a confusão, se foi por conta de uma briga ou fato anterior a festa, entre os dois rapazes armados. O que se sabe é que houve essa confusão, então vamos investigar para tentar solucionar a logística do crime”, disse Jairo Mendes.

Nos siga no Google Notícias