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Capital

PM investiga gestores por "abastecer" viatura encostada e sem uso

Ricardo Campos Jr. | 29/04/2015 15:24
Combustível estaria sendo liberado para viaturas baixadas e usado em outros automóveis (Foto: Marcos Ermínio / arquivo)
Combustível estaria sendo liberado para viaturas baixadas e usado em outros automóveis (Foto: Marcos Ermínio / arquivo)

Denúncia de desvio de combustível na PM (Polícia Militar) motivou abertura de sindicância na corporação. A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) confirmou ter identificado a irregularidade pelo sistema de controle adotado pelo Comando-Geral. Todos os diretores e gestores ligados ao abastecimento de viaturas estão sendo investigados. A principal irregularidade é o "abastecimento" de viaturas encostadas em oficinas, ou seja, sem qualquer uso.

Em nota publicada nesta quarta-feira (29), a secretaria informa que o procedimento investigativo pode converter-se em inquérito policial militar, com punições que podem chegar à exoneração dos envolvidos.

O comando já sabe quem era o gestor da frota, o responsável pelo controle de combustíveis e até quem abasteceu outros veículos com combustível destinado às viaturas. Os nomes não foram divulgados pela corporação.

Conforme a Sejusp, mensalmente é enviada para o órgão uma determinada quantidade de combustíveis que são divididos entre a PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Comandantes e dirigentes de cada corporação são responsáveis pela distribuição interna.

As viaturas têm um cartão com dados do veículo, como ano, marca e modelo usados apenas por servidores cadastrados mediante senha. Assim, conforme a secretaria, é possível saber quem abasteceu, o horário, a quilometragem do automóvel no momento em que o tanque foi cheio e a média de gasto da unidade.

O problema, ainda conforme a Sejusp, é que uma cota foi liberada e utilizada em veículos fora de uso. Quando uma viatura é encaminhada para conserto, revisão ou é inutilizado, a liberação é feita diretamente pelos gestores com autorização da Secretaria de Administração. Por fim, a pasta esclareceu que não coaduna com esse tipo de conduta.

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