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Capital

PM nega truculência e diz que atirou para o ar para evitar apedrejamento

Sargento alega que disparou para o alto para afastar outras pessoas que atiraram pedra durante ocorrência

Humberto Marques | 17/07/2019 15:36
Ação de policiais foi filmada; sargento afirma que disparou foi dado para afastar pessoas que rodeavam a ação. (Imagem: Direto das Ruas)
Ação de policiais foi filmada; sargento afirma que disparou foi dado para afastar pessoas que rodeavam a ação. (Imagem: Direto das Ruas)

Acusado de agir com truculência em uma ocorrência de violência doméstica, o sargento da Polícia Militar Clayton Godoy, envolvido na detenção de um homem na Avenida Anselmo Selingardi, no Parque do Lageado –sul de Campo Grande– afirma ter usado força proporcional para conter um suspeito que, alcoolizado, colocou a vida de uma criança de colo em perigo momentos antes. A ocorrência, filmada, mostrou ainda o momento em que foi dado um tiro para o alto, o que o PM justificou como forma de manter outras pessoas, que atiraram uma pedra contra ele, afastadas.

Ele confirmou relatos encaminhados pela assessoria da PM, de que os atendimentos, ocorridos entre a noite de sexta-feira (12) e madrugada de sábado (13), tiveram início com denúncia de violência doméstica em uma residência na Rua Mitsuyo Aratani. “A vítima nos disse que o ex tinha entrado na casa e pegado a criança”, disse ao Campo Grande News, confirmando também que a criança era filha do suspeito.

“Não houve violência doméstica. E a criança era filha dele. Ele estava transtornado, em visível estado de embriaguez, saiu dali e foi para a casa dele, onde houve a detenção”, afirmou o sargento. Ao chegarem ao endereço na Anselmo Selingardi, os policiais avistaram o com uma faca na mão e a criança no outro braço. “Era uma situação difícil, exigiu muita conversa”, disse, afirmando ter negociado com o suspeito por cerca de 20 minutos para que se entregasse, em uma ação presenciada pela mãe, que estava na viatura.

“Ele mandava ela sair e dizer onde estava”, lembrou o policial, citando que o suspeito chegou a ter a arma branca tomada, mas manteve a filha nos braços. “De tanto conversar ele aceitou e saiu. Foi a hora em que o vídeo foi feito”, contou o sargento. Ele disse que, no momento, ele pegou o suspeito pelo bolso da bermuda, momento em que a mãe saiu do veículo, “pulou e pegou a criança” –cena captada no início da filmagem que, mais tarde, foi divulgada na internet.

Após ser contido, homem teve drogas apreendidas e revelou endereço de ponto de venda. (Foto: PMMS/Divulgação)
Após ser contido, homem teve drogas apreendidas e revelou endereço de ponto de venda. (Foto: PMMS/Divulgação)

Neste instante o homem teria se exaltado, exigindo que os policiais se esforçassem para contê-lo. Pouco depois, os policiais dizem que foram alvos de pedradas atiradas por pessoas que assistiam a cena. “Jogaram pedra e foram nos rodeando, iam pegar a gente. Fui obrigado a efetuar o disparo”, disse. Em meio aos fatos, ele afirmou que solicitou apoio –levando ao local, depois, equipes do Batalhão de Choque, Força Tática e policiais dos pelotões do Jóquei Clube e das Moreninhas.

“Mas isso demora um pouco, então, foi preciso o disparo. Não é uma questão de truculência”, justificou. Segundo ele, o “cerco” que sofreu não foi novidade, porém, normalmente, as pessoas obedecem a ordem para se afastarem. Os gritos para que parasse, relatou ele, foram da própria mãe da criança.

Tráfico – Já o autor da filmagem seria conhecido do homem detido e teria envolvimento com o tráfico, segundo o policial. A ocorrência, iniciada como atendimento de violência doméstica, acabou resultando na apreensão de drogas e detenção de mais três pessoas.

Em buscas na residência, foram encontrados 14 papelotes de maconha e 19 e cocaína. O acusado questionou o porquê da ação se “havia tanta droga no Dom Antônio”, ouvindo em resposta que, caso os policiais soubessem onde havia mais entorpecentes, o recolheriam.

O suspeito, então, indicou um endereço na Rua Ruth Gianote de Souza, foram foram apreendidos mais 4 papelotes de maconha e duas balanças de precisão, além de R$ 332 e dois rolos de plástico filme (usado para embalar a droga). Três pessoas foram presas no local.

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