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Capital

Polícia descarta envolvimento de suposta "pivô" em morte de jornalista

Inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário na última quinta-feira (05)

Adriano Fernandes | 06/01/2017 09:41
Nicodemos foi perseguido e morto no bairro Nova Lima, na manhã do dia 27 de dezembro. (Foto: Rafael Ribeiro)
Nicodemos foi perseguido e morto no bairro Nova Lima, na manhã do dia 27 de dezembro. (Foto: Rafael Ribeiro)

A Polícia Civil encaminhou ao Poder Judiciário, na quinta-feira (05) o inquérito sobre a morte do jornalista Nicodemos Moura Rodovalho de Alencar de 53 anos. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça, na manhã do dia 27 de dezembro do ano passado, no Bairro Nova Lima, região Norte de Campo Grande. João Rodrigues Lopes, de 59 anos, que confessou ter sido o autor do disparo continua preso.

Apesar da suspeita de que a motivação para o crime tenha sido passional, a polícia não conseguiu indícios que comprovassem o envolvimento de Franscislaine da Silva Andrade, de 19 anos, que seria a provável “pivô” do assassinato.

“Não tem nada que comprove que a mulher tenha induzido ele a cometer o crime, apesar das supostas ameaças que ela sofria e de ela até ter registrado um boletim de ameaça contra ele”, comentou o delegado Weber Luciano de Medeiros, responsável pelo caso e delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia.

Depois de ouvidas todas as testemunhas e concluídos os procedimentos, a polícia constatou que João Rodrigues foi o principal envolvido no homicídio e encaminhou o inquérito ao Poder Judiciário onde ele será avaliado pelo Ministério Público. João responde por homicídio e continua preso.

Motivação – Ao ser detido no mesmo dia do crime, João Rodrigues confessou que queria apenas “dar um susto” no jornalista, depois que ele teria tentado manter relações sexuais a força com Franscislaine, que é sua ex-esposa e com quem ele tem um filho. Nicodemos também teria tido um relacionamento com ela.

Ela foi ouvida pela polícia e confirmou a versão do ex-companheiro, reforçando que havia brigado com a vítima no dia anterior ao crime, e por isso estava sendo ameaçada. Ela até registrou boletim de ocorrência contra o jornalista.

João Lopes é pedreiro aposentado e foi preso na casa de um amigo no Jardim Colúmbia – no norte da Capital, mesma região onde o crime aconteceu. Ele tentou despistar a polícia deixando o carro, um VW Gol que usou para perseguir Nicodemos, na casa de outra pessoa, mas foi localizado e confessou ser o autor dos disparos.

Crime - Nicodemos morreu depois de levar um tiro na cabeça, durante uma emboscada no bairro Nova Lima. O crime aconteceu por volta das 10h30. Lopes teria armado uma emboscada contra o jornalista.

Na manhã do crime, testemunhas relataram aos investigadores do 2º DP que Nicodemos mantinha um relacionamento extraconjugal com uma jovem moradora do bairro e que João Lopes era quem ameaçava Nicodemos.

Testemunhas contaram que o homem pediu para a jovem ligar para Nicodemos e convidá-lo para ir a um bar. Ao chegar ao local e perceber que corria perigo, a vítima tentou fugir, mas foi perseguido e morto.

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