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Capital

Polícia diz que faltam pneus para ronda motorizada no Lagoa

Vivianne Nunes e Ítalo Milhomem | 14/04/2011 11:29
Proprietários de pequenos estabelecimentos e policiais se reúnem na região do Lagoa (Foto: João Garrigó)
Proprietários de pequenos estabelecimentos e policiais se reúnem na região do Lagoa (Foto: João Garrigó)

Moradores e pequenos empresários da região do Lagoa, que engloba bairros como Coophavilla II, União e Tijuca, reuniram-se na manhã de hoje com representantes da Polícia Militar e do Conselho de Segurança da região, na tentativa de traçar estratégias para inibir a violência nos bairros.

A comunidade cobrou a volta do policiamento motorizado, mas alguns revoltaram-se quando ouviram de um dos comandantes que faltam pneus para o trabalho.

Segundo os moradores, as motos não fazem ronda pelos bairros há cerca de seis meses. O tenente coronel Holivaldo de Jesus Muniz, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, atribuiu o problema à falta de reparos nas viaturas.

Ele explicou que o 1º Batalhão tem unidades no União e Coophavila. Cada uma possui uma viatura e duas motos. Uma moto de cada unidade está sem pneu, conforme informações do tenente coronel. Segundo ele os pneus serão comprados até no máximo na próxima semana, já que os produtos estão passando por processo de licitação.

Na ocasião, o comerciante José Maria Carvalho, 57 anos, do bairro Jardim Ouro, afirmou que nos dois últimos anos houve aumento significativo de assaltos e pequenos furtos em farmácias, mercados, postos de combustíveis. “Há policiamento, mas não está sendo eficaz”, argumentou.

A sócia proprietária de uma pequena loja de materiais de construção afirmou ao Campo Grande News que seu estabelecimento não é assaltado há dois anos, mas que é comum que os funcionários sejam vítimas no caminho para o trabalho ou na volta dele. Uma delas foi assaltada em plena luz do dia, às 6h, quando seguia para o trabalho. “Precisamos ter um policiamento reforçado, principalmente nos horários de pico; de manhã, de tarde e à noite”, ressaltou.

Na ocasião, o tenente coronel da Polícia Militar, Carlos Santana, cobrou a participação da comunidade fazendo denúncias e ‘indo até o fim’ do processo, prestando depoimentos para que os culpados tenham punição.

Uma senhora, que não quis ter seu nome divulgado, diz que em quatro anos sofreu oito assaltos à mão armada, sem contar com furtos e arrombamentos no bairro Tijuca. A vítima reclama que paga em dia os impostos, gera emprego para a região e não tem segurança para trabalhar. Ela diz que já perdeu 50% do movimento por conta dos crimes e que a funcionária que estava com ela no último assalto desistiu do trabalho com medo. A empresária reclama que há seis meses, durante período eleitoral, tinha polícia todos os dias em frente aos comércios, mas que agora parou. “Foi uma instrução para que acontecesse apenas em período eleitoral?”, questionou.

Está previsto para o próximo dia 15 de maio um novo encontro entre o Conselho de Segurança e os policiais para definir novas estratégias. O tenente coronel Muniz lembrou, durante o encontro, que irão discutir projetos como o que foi implantado no bairro Nova Lima, onde os comerciantes se uniram para comprar telefones celulares. Os aparelhos foram distribuídos para cada viatura e quando há qualquer problema referente a segurança as ligações são feitas diretamente ao carro da polícia, o que diminui o tempo de atendimento da ocorrência.

Na mesma comunidade o policiamento comunitário implantou também projetos para jovens e adolescentes como maneira de tira-los das ruas e leva-los a prática de esportes e ações culturais.

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