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Capital

Polícia investiga aliciamento ou briga familiar em sumiço de primas

Aline dos Santos e Renan Nucci | 09/04/2015 12:18
Mãe de Luana, Nicecleide mostra cartaz com fotos das desaparecidas. (Foto: Marcelo Calazans)
Mãe de Luana, Nicecleide mostra cartaz com fotos das desaparecidas. (Foto: Marcelo Calazans)
Maria Campos teme que meninas tenham saído da cidade. (Foto: Marcelo Calazans)
Maria Campos teme que meninas tenham saído da cidade. (Foto: Marcelo Calazans)
Nicecleide diz que preferia morar em barraco, mas com a filha por perto. (Foto: Marcelo Calazans)
Nicecleide diz que preferia morar em barraco, mas com a filha por perto. (Foto: Marcelo Calazans)

A Polícia Civil trabalha com as hipóteses de aliciamento ou problema familiar na apuração do desaparecimento de duas adolescentes em Campo Grande. As primas Luana Souza Mesquita, 14 anos, e Thacilla Jesus de Castro, 16 anos, foram vistas pela última vez no domingo (dia 5), no bairro Moreninha 4. A polícia faz varredura nas redes sociais em busca de pistas.

Conforme a investigadora Maria Campos, que está no caso desde a tarde de ontem, são aventadas as possibilidades de aliciamento para prostituição ou um problema familiar ainda não revelado. Desde o dia 5, o único contato foi feito por meio de áudio enviado para o celular de uma terceira prima.

Na gravação, elas falam que estão bem e que, dependendo, poderiam levar a prima até ao local onde se encontram. Segundo Maria Campos, o áudio tem ruídos de caminhão, indício de que elas estão fora da cidade. A possibilidade preocupa a policial por dificultar a investigação.

Com anos de experiência na localização de desaparecidos, a investigadora salienta que o sumiço de adolescentes motivado por brigas familiares tende a ser curto. “Ficam no máximo três dias fora e voltam. Nesse caso, já passou de quatro dias”, afirma.

Mãe de Luana, Nicecleide Jesus Souza, 36 anos, relata que os últimos dias foram marcados pela angústia. “Preferia estar morando naquele barraco, mas junto com as minhas filhas. O sumiço me faz sofrer demais”, conta a auxiliar de serviços gerais.

A família morava em uma favela no bairro Perpétuo Socorro e conseguiu uma casa popular na Moreninha 4. A mãe diz que o relacionamento com a filha era de amizade. Luana chegou a namorar um vizinho, mas o envolvimento foi rápido e ela contou que estava interessada em outro rapaz. Não há relação entre o sumiço da jovem e o ex-namorado.

Conforme Nicecleide, há duas semanas a adolescente teve um único dia com comportamento anormal. “Ela se trancou no banheiro e demorou muito para sair. A Thacilla ficou batendo do lado de fora. Ela saiu e ficou chorando no quarto”, diz. Para a mãe, Luana estava chateada porque foi repreendida para que limpasse a casa corretamente.

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