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Capital

Policial é condenado por emprestar arma à amiga que postou vídeo atirando

Pena de 2 anos em regime aberto foi revertida em serviços comunitários e medidas cautelares

Clayton Neves | 04/05/2022 14:36


Por unanimidade, o Conselho de Justiça da Vara de Auditoria Militar de Campo Grande condenou o policial militar Cleiton José Souza Silva, de 30 anos, a dois anos de prisão em regime aberto e dez dias multa por emprestar arma de serviço para que uma blogueira atirasse. A cena foi divulgada no Instagram da mulher, em um perfil com mais de 19 mil seguidores.

Na sentença, assinada no dia 4 de abril, o juiz Alexandre Antunes da Silva converteu a pena ao cumprimento de medidas cautelares. Cleiton deverá prestar serviços comunitários durante um ano, por sete horas semanais e também deverá se apresentar à Justiça mensalmente para informar suas atividades e comprovar o cumprimento do serviço.

O soldado não poderá ser preso ou processado criminalmente, nem frequentar bares ou sair de casa depois das 22h, exceto quando estiver trabalhando.

O caso - Com apenas 10 dias de formado, soldado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul entregou a pistola ponto 40 recebida da força de segurança pública a uma mulher, que gravou vídeo fazendo disparo, na noite do dia 29 de maio do ano passado. A cena foi divulgada no perfil do Instagram dela, onde há mais de 19 mil seguidores.

Nos stories da plataforma, disponíveis pelo período de 24 horas, primeiro, é possível ver a jovem fumando narguilé com outra mulher. Depois, o próximo vídeo é ao lado de um homem com uma tatuagem no braço esquerdo, dentro de veículo em circulação, ao som de música sertaneja.

Outro story é publicado e nele, a mulher segura a pistola, aparentemente na janela do carro, e dispara para o lado de fora, em lugar escuro. O ângulo indica que foi o motorista o responsável por filmar. Na postagem, é usada a hashtag "primeirotiro".

Na sequência, a arma aparece no colo dela, vestida de vermelho. Ao tomar conhecimento do fato, a Corregedoria da PM (Polícia Militar) identificou o policial e abriu investigação administrativa.

Em depoimento, o militar confessou o crime.  Na sentença, o juiz pontuou que “o Estatuto do Desarmamento define o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, descrevendo que comete o ilícito aquele que emprestar acessório ou munição sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar".

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