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Capital

Possível surto de catapora faz escolas pedirem alerta redobrado a pais

Doença é altamente contagiosa e mais comum em crianças

Anahi Zurutuza e Luana Rodrigues | 02/11/2016 09:29
Saída do Centro Municipal Pediátrico, onde crianças, mais suscetíveis a ter varicela, eram atendidas até o ano passado (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Saída do Centro Municipal Pediátrico, onde crianças, mais suscetíveis a ter varicela, eram atendidas até o ano passado (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Pintas vermelhas pelo corpo são os sintomas mais comuns (Foto: Getty Images/Reprodução)
Pintas vermelhas pelo corpo são os sintomas mais comuns (Foto: Getty Images/Reprodução)

Suposto surto de catapora, ou varicela, em Campo Grande fez ao menos duas escolas particulares pedirem atenção redobrada para pais e professores para que nos primeiros sintomas crianças sejam encaminhadas para médicos e deixem de frequentar a aulas para cortar o ciclo de transmissão. A doença não é considerada grave, mas é altamente contagiosa, principalmente entre crianças.

Neste ano foram 56 casos de catapora notificados em Campo Grande, número nove vezes maior ao do ano passado, quando foram registrados só seis casos, conforme a SES. Mas, os dados nem podem ser parâmetro uma vez que muitos casos sequer chegam ao conhecimento das secretarias.

A varicela é mais comum no inverno, época que pessoas ficam mais aglomeradas. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) não confirma a existência de epidemia, mas médicos da rede pública também garantem que tem recebido mais casos nos últimos dias.

“Tenho atendido muitas crianças, mas para falar em surto só com as estatísticas, só a Vigilância em Saúde mesmo”, afirma a infectologista Márcia Dal Fabbro, que já foi chefe do setor, mas hoje só atua no atendimento de pacientes nos postos de saúde da Capital e no Cedip (Centro de Doenças Infecto-parasitárias).

Escolas – Dois colégios particulares da Capital redobraram os cuidados. A direção do Harmonia – Escola Bilíngue estranhou o fato de alguns alunos começarem a apresentar os sintomas de repente e procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). “Não tivemos nenhum caso no ano passado, por isso fomos atrás de orientação”, conta a orientadora educacional do Ensino Fundamental, Danielle Benato.

Além de reforçar a limpeza e se preocupar em arejar as salas de aula com frequência, a escola enviou comunicado aos pais. “Pedimos que as crianças que apresentarem febre e outros sintomas não sejam mandadas para a aula e chamamos os pais sempre que algum dos alunos tiver algum sinal aqui”, explicou.

Daniela Santos Cunha, diretora pedagógica do Colégio General Osório, conta que foi avisada recentemente por uma mãe, que é médica, sobre o aumento no número de casos. “O que a gente fez foi pedir para os professores observarem os alunos e alertarem os pais se algum deles tiver manchinhas pelo corpo, mesmo que pareça picada de mosquito”, explicou.

A reportagem tentou contato com a Semed (Secretaria Municipal de Saúde Pública) para saber se escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) receberam alguma orientação, mas a assessoria de comunicação não respondeu ao contato até o fechamento da matéria.

Os sintomas da catapora são: febre e mal-estar, além de pintas vermelhas espalhadas pelo corpo todo, que evoluem para crostas até a cicatrização.

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