ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Prefeitura amplia plantões da saúde, entre falta de servidores e casos de gripe

Servidores das unidades de saúde podem fazer carga extra de 20 plantões de 12h até o dia 31 de agosto

Izabela Sanchez | 27/06/2019 09:54
Profissional da saúde prepara vacina da gripe no CRS do bairro Tiradentes (Foto: Henrique Kawaminami)
Profissional da saúde prepara vacina da gripe no CRS do bairro Tiradentes (Foto: Henrique Kawaminami)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ampliou até o dia 31 de agosto a escala de plantões extra para os servidores das unidades de saúde. Em resolução publicada no Diário Oficial de Campo Grande desta quinta-feira (27), a Secretaria autoriza 20 plantões de 12h por servidor. O motivo, alega a Sesau, é a falta de servidores.

Ainda assim, outro fator de preocupação são as “doenças da estação”, que encontram no clima frio ambiente propício para aumento de casos. A gripe A é um exemplo, com 135 casos confirmados em Mato Grosso do Sul, e 26 mortes, 7 delas em Campo Grande. A Secretaria realizou campanha, mas nem todos procuraram a vacina.

Em Campo Grande, uma das mortes foi de um bebê de 1 e 9 meses, na Santa Casa, que não havia sido vacinado. Secretário municipal de saúde, José Mauro Castro afirma que os óbitos contemplaram perfis suscetíveis à doença, além de pessoas que não foram vacinadas.

“São óbitos que acometem pessoas que são mãos suscetíveis, por isso existe grupo prioritário, e alguns não vacinaram. Existe um componente social muito forte, como é uma doença transmitida por vírus, temos que alertar aos cuidados”, disse.

Sobre os plantões, o secretário declarou ter sido “uma decisão difícil”. “Porque tem um gasto, nós estamos economizando, a Sesau está participando no setor administrativo, precisamos diminuir alguns plantões, até aditivos. A prioridade é economizar e dar um melhor atendimento”, comentou.

A escala de plantões foi um dos vilões para o aumento de gastos com pessoal, que chegou a alcançar o limite prudencial. Agora, o índice ganhou distância do que prevê a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), e o comprometimento com pessoal diminuiu de 51,16% para 50,5%, entre junho de 2018 e maio de 2019.

Para diminuir o déficit de pessoal na saúde, a Prefeitura anunciou concurso com 634 vagas para cargos de níveis de ensino superior, técnico, médio e fundamental. Os salários vão de R$ 998 até R$ 7.893,22. “Não adianta a gente fazer contratações, sendo que vamos ter que demitir, por causa dos concursados, há uma evasão de mais de 500 médicos. Há falta de médicos e enfermeiros que a gente tem que corrigir de uma forma resolutiva”, declarou o secretário.

Nos siga no Google Notícias