Prefeitura fecha Hospital da Mulher e transfere partos para o Centro
O PAI (Pronto Atendimento Integrado), nova denominação para o Centro Municipal Pediátrico, vai realizar partos e pequenas cirurgias do público feminino durante reforma do Hospital da Mulher das Moreninhas. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) espera concluir o projeto das obras em 30 dias para dar início aos trâmites da readequação.
Frederico Garlipp, coordenador de urgência e emergência da pasta, disse, neste sábado (2), que a alteração só vai sair do papel quando for aprovada pelos conselhos municipal e estadual de saúde e o Ministério da Saúde liberar a verba para as intervenções.
Para não prejudicar o atendimento às crianças, que continuará a ser feito normalmente, PAI será adaptado e toda a equipe do Hospital da Mulher será deslocada para a região central. “Conforme o fluxo, quando terminar a reforma, pode manter o atendimento nos dois locais”, afirma Garlipp.
Essas mudanças, segundo ele, não significam que haverá pronto atendimento generalizado no local, “só gestantes e crianças”, afirma. Preventivos, pré-natais e outros atendimentos serão feitos nas unidades de saúde. O coordenador não tem estimativa de custos e tampouco do aumento no fluxo de pacientes.
Aprovada – Usuários do PAI gostaram da medida, mas esperam que o atendimento às gestantes não afogue as consultas pediátricas. “Tem que ver se vai conseguir atender todo mundo, mas eu acho boa a mudança”, diz o vendedor Cícero Chagas, 27 anos, que acompanhava a mulher e o filho no local.
“Eu acho ótimo, fica mais perto”, afirma a diarista Maria Alexandre da Silva, 52 anos. Ela foi ao Pronto Atendimento pela primeira vez com a neta que estava passando mal. “Às vezes demora, mas eu achei ótimo o atendimento”, completa.
O auxiliar operacional Alexander Paiva, 25 anos, concorda. “Vai ser uma mudança boa, mas acho que é preciso número de funcionários suficientes para conseguir atender todo mundo”, ressalta.
Alteração – Centralização de atendimento no Centro Municipal Pediátrico já foi alvo de polêmica quando o local foi criado. O Conselho Municipal de Saúde reprovou a implantação do local e chegou a publicar medida impedindo o município de usar verbas do SUS para manter a unidade.
Idealizado pelo prefeito Gilmar Olarte (PP), o projeto foi colocado em prática no dia 12 de outubro como reforço no atendimento pediátrico na Capital, tendo atendimento ambulatorial até a ativação de 100 leitos hospitalares e dois centros cirúrgicos.
Em 5 de janeiro, a unidade passou a abrigar também o Centro de Especialidades Infantil com atendimento realizado, mediante regulação médica, por neurologistas, endocrinologistas, otorrinolaringologistas, alergologistas, reumatologistas, infectologistas e nefrologistas, dentre outros. No último dia 30, o prefeito publicou decreto mudando a nomenclatura do centro.