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Capital

Prefeitura inaugura exposição fotográfica no Memorial de Cultura Indígena

Renan Nucci e Kleber Clajus | 14/08/2014 10:39
Crianças visitam exposição no Memorial. (Foto: Kleber Clajus)
Crianças visitam exposição no Memorial. (Foto: Kleber Clajus)
Cacique Terena Enir da Silva elogiou a inciativa. (Foto: Kleber Clajus)
Cacique Terena Enir da Silva elogiou a inciativa. (Foto: Kleber Clajus)

A prefeitura de Campo Grande inaugurou na manhã desta quinta-feira (14) no Memorial de Cultura Indígena da aldeia urbana Marçal de Souza, no bairro Tiradentes, a exposição “Nosso Povo, Nossa Terra, Nossos Índios”, que traz representações históricas por meio de fotos das nações indígenas Kamba, Guarani, Terena, Osaie, Atikum, Cadiuéu e Kinikinau.

As imagens foram produzidas pelos fotógrafos Lelo Marchi, Rômulo Cabral Sá, Suki Osaki, Carlos Dutra e Daiane dos Santos, além de arquivos do Museu Nacional do Índio no Rio de Janeiro. Lelo Marchi, que é acadêmico de Ciências Sociais da (UFMS) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, cedeu as fotos que fez durante um projeto de iniciação científica.

Ele explica que quis expressar a luta dos indígenas por terras e pelo regaste de suas histórias. “O foco foi o processo de reafirmação cultural destes povos”, disse ele, lembrando que até o final do ano pretende lançar um documentário sobre o assunto.

Espaço – A estrutura do local que recebe o evento é uma grande oca, coberta de palha, e faz parte do circuito City Tour da Capital. De acordo com a coordenadora do memorial, Alice de Oliveira Silva, o acervo instalado conta a história de oito etnias, por meio de 32 fotos.

O espaço recebe atualmente duas mil pessoas por mês, sendo que muitas delas chegam através das duas visitas que o City Tour faz ao local. Lá, 56 artesãos vendem seus produtos, tais como objetos de cerâmica tradicionais da cultura Terena e Cadiuéu, e trançados, arcos, flechas, colares e cocares dos Guarani.

De acordo com Edil Albuquerque, secretário municipal de desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia, turismo e agronegócio, é importante reverenciar a cultura do povo que integra a história da cidade. “Neste período de comemoração ao aniversário de Campo Grande, é importante lembrar dos indígenas que fazem parte da história local”, disse.

De acordo com a cacique Terena, Enir da Silva, o espaço colabora com a renda de aproximadamente 200 famílias que vivem na aldeia, além de englobar uma representação da cultura indígena de todo Mato Grosso do Sul. “O espaço implantado em 1999 surgiu no intuito de ajudar na renda das famílias”, disse.

Visita – A exposição fotográfica recebeu a visita de 19 estudantes com idade de pré-escola, da Escola Muncipal Sulivan Silvestre Oliveira. Conforme a professora Cristiana Maciel Nogueira, esse tipo de ação cultural promove maior aproximação das crianças com as histórias que eles viveram e ouviram por meio de antecedentes. “É um resgate de raízes”, ressaltou.

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